A contra-análise efetuada à urina do guarda-redes do Olhanense Ricardo Batista confirmou o controlo antidoping positivo revelado na semana passada, devido à presença de prednisolona, mas o departamento médico do clube algarvio nega quaisquer responsabilidades.
O atleta, emprestado pelo Sporting aos algarvios durante esta época, acusou uma substância proibida no controlo efetuado após o encontro Olhanense-Académica, em 22 de janeiro, e a contra-análise efetuada na passada terça-feira “terá confirmado a presença, na urina, de prednisolona, uma substância pertencente ao grupo dos glucocorticóides”, confirmou em comunicado o departamento médico do clube.
Esta substância, refere o clube, é proibida “por via sistémica (oral, rectal ou por injeção intravenosa ou intramuscular)”, segundo as atuais normais da Autoridade Antidopagem de Portugal (ADoP), e a sua utilização “requer uma aprovação de autorização de utilização terapêutica de substâncias proibidas”.
O departamento médico do Olhanense, liderado por Veloso Gomes, assegura que “não prescreveu nem administrou a referida substância ao atleta em causa” e acrescenta que “não tem conhecimento que a referida substância tenha sido prescrita ou administrada ao atleta em qualquer instituição de saúde”.
“O atleta foi submetido a três controlos anti-doping no ano de 2011, tendo declarado e assinado os medicamentos que lhe foram administrados no Olhanense, nomeadamente paracetamol, diclofenac, kompensan e aminoácidos. Concretamente no jogo em causa, o atleta declarou e assinou não ter feito qualquer medicação”, frisa o Olhanense.
O departamento médico do clube algarvio diz ter conhecimento que o atleta efetuou “uma tatuagem cutânea, desconhecendo-se se houve lugar ou não à administração de fármacos”, e que o jogador também “recorreu a serviços de um massagista exterior ao clube, sendo desconhecidos os tratamentos efetuados”.
“Os atletas profissionais do Olhanense estão informados de que não devem recorrer a auto-medicação, mesmo de medicamentos aparentemente inofensivos, sem dar conhecimento prévio ao departamento médico”, refere-se.
Assim, o departamento declina qualquer responsabilidade no sucedido, embora esteja “disponível para prestar o apoio que o atleta entenda por necessário”.
Com a contra-análise positiva, Ricardo Batista está suspenso preventivamente até ficar concluído o processo pelo qual está sujeito a suspensão de atividade desportiva de seis meses a dois anos, por se tratar de primeira infração.