Portugal pode juntar-se quinta-feira a Alemanha, Inglaterra, Espanha e Itália no lote de países que conseguiram colocar, na mesma época, três equipas nas meias finais de uma competição europeia.
A Alemanha, ainda como RFA, logrou uma proeza maior, ao monopolizar as “meias” da Taça UEFA em 1979/80, por intermédio de Eintracht Frankfurt (vencedor), Borussia Mönchengladbach (finalista), Bayern Munique e Estugarda.
Em todas as provas organizadas pela UEFA, desde 1955/56, esta é a única exceção, sendo que também só há registo de sete meias finais da mesma competição com três formações do mesmo país, sendo que seis delas aconteceram desde 2000.
A Inglaterra consegui-o em três ocasiões, nos últimos cinco anos (2006/2007, 2007/2008 e 2008/2009), a Espanha em duas (1999/2000 e 2006/2007) e a Alemanha (1978/79) e a Itália (2002/2003) em uma vez cada.
Em duas destas sete vezes, o “intruso” conquistou o troféu: os primeiros foram os italianos do AC Milan, que, em 2006/2007, afastaram o Manchester United nas “meias” (2-3 fora e 3-0 em casa) e baterem o Liverpool na final (2-1).
Dois anos depois, foi o FC Barcelona a contrariar o “monopólio” inglês, ao eliminar o Chelsea (0-0 em casa e 1-1 fora) e vencer, em Roma, o Manchester United, na despedida de Cristiano Ronaldo, por 2-0, com tentos de Eto’o e Messi.
Se a contagem de equipas presentes em meias finais numa época for alargada a todas as competições, a Inglaterra (1965/66 e 83/84) e a Alemanha (78/79 e 79/80) são os únicos países que conseguiram colocaram cinco equipas.
Juntamente com ingleses e alemães, a Espanha e a Itália formam o quarteto de países que já estiveram com quatro conjuntos nas meias finais.
O lote de nações com três equipas na antecâmara da final também inclui França e Escócia, que, em duas (1992/93 e 95/96) e uma ocasião (66/67), respetivamente, conseguiram intrometer-se entre os “gigantes”.
Portugal tem agora uma oportunidade única para se juntar a este lote e ao restrito quarteto que o conseguiu na mesma prova (será inédito na “jovem” Liga Europa), sendo que, para isso, FC Porto, Benfica e Sporting de Braga nem precisam de grandes resultados na segunda “mão” dos quartos de final.
Os “dragões” (5-1 ao Spartak de Moscovo na primeira “mão”) podem perder por 3-0 na Rússia, os “encarnados” (4-1 ao PSV Eindhoven) seguirão em frente com um desaire por 2-0 na Holanda e os minhotos (1-1 na Ucrânia) só precisam de um “nulo” na receção ao Dínamo de Kiev.