O julgamento de um dos detidos nos incidentes junto ao Estádio da Luz momentos antes do Benfica-FC Porto, da 25.ª jornada da Liga de futebol, foi adiado para sexta-feira no Campus da Justiça de Lisboa.
Vítor Hugo Ribeiro da Costa, de 20 anos, foi detido antes do início do encontro, por ter na sua posse um engenho pirotécnico aquando da revista antes da entrada no recinto.
Negando pertencer à claque organizada do FC Porto, os SuperDragões, o arguido defendeu que não tinha no seu bolso o “petardo” e que este estava a cerca de um metro de si.
Vítor Hugo referiu ainda que foi revistado por um “steward” e não por um elemento da polícia, que apenas foi chamado quando foi encontrado o “petardo” no chão.
O agente da PSP que efetuou a detenção foi chamado como testemunha e reafirmou o que escreveu no auto, afirmando que tinha revistado o adepto e que tinha encontrado no bolso o objeto pirotécnico.
Por não ter estado presente uma testemunha, de que o Ministério Público não abdicou, o julgamento sumário foi adiado para sexta-feira às 10:30.
O outro julgamento marcado para hoje não se realizou, por o arguido, que não assinou o auto de notícia, não ter comparecido, não sendo conhecido se terá sido notificado.
A juíza Carla Peralta decidiu remeter este caso para o Ministério Público.
O julgamento em processo sumário de mais sete arguidos está marcado para quarta-feira, também a partir das 15:00.
Os 12 detidos foram presentes a 04 de abril no Tribunal de Pequena Instância e o Ministério Público decidiu que os arguidos fossem julgados em processo sumário.
Os incidentes junto ao estádio da Luz ocorreram cerca de uma hora antes do início do jogo, com a polícia a ser obrigada a disparar tiros de borracha e a investir sobre adeptos do Benfica, que arremessavam pedras e bolas de golfe sobre adeptos do FC Porto.