Liga dos Campeões: Manchester United bateu Chelsea e está nas «meias»

Pela quarta vez nos últimos cinco anos (só falhou a época passada), o “onze” de Alex Ferguson vai disputar o acesso à final, em princípio face ao Schalke 04 (5-2 no reduto do AC Milan), o que já se esperava, depois do triunfo conseguido em Stamford Bridge (1-0, selado por Wayne Rooney).

Em Old Trafford, os londrinos só sonharam alguns segundos, quando, aos 77 minutos, o marfinense Droga, entrado ao intervalo, restabeleceu a igualdade, depois de o mexicano Javier Hernandez ter inaugurado o marcador, aos 43.

Na jogada imediata, o génio do galês Ryan Giggs colocou o sul-coreano Ji-Sung Park na cara de Petr Cech e este acabou, em definitivo, com a eliminatória, numa altura em que Ramires já havia sido expulso.

O Manchester United, que lidera a Liga inglesa e está também nas meias finais da Taça, continua, assim, em “grande”, ao contrário do Chelsea, que viu morrer novamente o sonho da “Champions” e já nada pode ganhar em 2010/2011.

Suplente na primeira “mão”, Nani voltou ao “onze”, tendo sido substituído aos 75 minutos, cinco após “expulsar” o ex-benfiquista, enquanto Paulo Ferreira entrou no Chelsea aos 82, para o lugar do central Alex.

Face à preciosa vantagem trazida de Londres, a formação de Ferguson entrou apostada em “adormecer” o encontro, com a preocupação de ter a posse de bola.

Face a esta postura, o Chelsea, obrigado a marcar, foi tentando instalar-se no meio-campo contrário e criou várias ocasiões de marcar nos primeiros 15 minutos, as mais flagrantes desperdiçadas por Anelka e Lampard.

O Manchester United sentiu, no entanto, o perigo, subiu mais no terreno e equilibrou as operações, conseguindo mesmo introduzir a bola na baliza contrária aos 26 minutos, mas o golo foi anulado a Hernandez, ligeiramente adiantado.

Mas, aos 43 minutos, o mexicano voltou a “faturar” e, desta vez, de forma legal: após um livre, Rooney serviu na direita Giggs, que tabelou com O’Shea, levantou a cabeça e colocou a bola no segundo poste, para “Chicharito” empurrar.

Para a segunda parte, Ancelotti trocou o inoperante Torres por Drogba e o Chelsea, mesmo com a mesma estrutura, entrou com a aparente disposição de alterar os acontecimentos, mas as intenções nunca se transformaram em oportunidades.

Os anfitriões mantiveram sempre o controlo do encontro e acabaram por criar as melhores ocasiões, por Nani (68 minutos) e Giggs (70), pouco antes de quase tudo terminar para o Chelsea, com o segundo amarelo de Ramires (70).

Tudo parecia definido, mas, aos 77 minutos, Essien isolou Drogba, que, na “cara” de Van der Sar, fuzilou e colocou os londrinos a um golo das meias finais.

A incerteza durou poucos segundos: a bola foi ao meio-campo e o Manchester United marcou de imediato, pelo sul-coreano Ji-Sung Park, que, isolado por uma grande passe de Giggs, não deu hipóteses a Cech.