O FC Porto conquistou hoje pela sexta vez uma lugar nas meias finais de uma competição europeia de futebol, ao vencer por 5-2 no reduto do Spartak de Moscovo, na segunda “mão” dos “quartos” da Liga Europa.
O conjunto “azul e branco”, que havia goleado no Dragão (5-1) e somou o 12.º triunfo na prova, em 14 encontros, e o sétimo em sete jogos fora (ambos recordes lusos), repete os feitos de 1983/84, 86/87, 93/94, 2002/2003 e 2003/2004.
Das cinco vezes em que chegou às “meias”, o FC Porto atingiu sempre a final em eliminatórias a duas mãos, caindo apenas em 1993/94, quando jogou o acesso ao embate decisivo da “Champions” num só jogo, em Nou Camp.
O búlgaro Hristo Stoitchkov, que “bisou”, e o holandês Ronald Koeman selaram o triunfo do FC Barcelona (3-0), escrevendo o único “colapso” portista.
As restantes quatro acabaram em outras tantas finais e só a primeira não valeu um troféu: em 1983/84, os “dragões” superaram nas “meias” os escoceses do Aberdeen, com dois triunfos por 1-0, selados por Gomes e Vermelhinho.
Na final da Taça das Taças, a 16 de maio de 1984, em Basileia, António Sousa marcou para os portistas, mas a Juventus venceu por 2-1, com tentos de Vignola, a abrir, e do polaco Boniek, a fechar.
Três anos depois, os “azuis e brancos” chegaram a nova meia final e voltaram a ser bem sucedidos, com dois triunfos por 2-1, sobre os então soviéticos do Dínamo de Kiev: Paulo Futre e André marcaram nas Antas e o brasileiro Celso e Gomes na agora capital ucraniana.
Na final, da Taça dos Campeões, em Viena, o FC Porto, de Artur Jorge, esteve em desvantagem, mas virou o resultado (2-1), com tentos do argelino de Rabah Madjer, com um inesquecível calcanhar, e do brasileiro Juary.
Depois do desaire de Nou Camp, José Mourinho voltou a conduzir o FC Porto a umas meias finais em 2002/2003 e tudo ficou resolvido na primeira “mão”, nas Antas, onde os “azuis e brancos” bateram a Lázio por 4-1.
Em resposta ao tento inaugural do argentino Cláudio Lopez, os “dragões” responderam com golos de Maniche, do brasileiro Derlei (dois) e de Hélder Postiga, para, depois, empatarem a zero em Roma, onde Vítor Baía defendeu um penalti.
A final da Taça UEFA teve como palco Sevilha e o FC Porto conquistou o troféu, ao vencer o Celtic por 3-2, após prolongamento, com um tento do russo Alenitchev e um “bis” de Derlei, que decidiu, aos 115 minutos.
Na época seguinte, o conjunto portista esteve pela quinta vez numa meia final e as coisas nem começaram bem, com um “nulo” na receção ao Deportivo, retificado, porém, na Corunha, onde Derlei decidiu (1-0).
Dezassete anos depois, os “dragões” voltavam à final da principal competição: em Gelsenkirchen, o AS Mónaco foi “domado” por 3-0, com tentos do brasileiro Carlos Alberto, do internacional luso Deco e, novamente, de Alenitchev.
De regresso à “segunda” competição da UEFA, o FC Porto repete, após sete anos na “Champions”, a presença de 2002/2003, em princípio face ao Villarreal, que joga hoje na Holanda, após ter goleado em casa o Twente (5-1).