O treinador do FC Porto considerou hoje que os “dragões” têm um “desafio mental” para consumar o apuramento para a final da Liga Europa de futebol, depois de golear o Villarreal por 5-1 no Estádio do Dragão.
“Esperamos estar na final. Agora o nosso desafio é mental. Com concentração e exigência. Os meus jogadores têm noção do último resultado que o campeão holandês Twente sofreu em Villarreal (5-1). Só um FC Porto muito, muito competente passará à final. É esse o nosso desafio”, afirmou André Villas-Boas, em conferência de imprensa.
Fiel ao seu discurso prudente, o técnico quer que a sua equipa seja “competente para chegar ao golo”, no jogo da segunda mão, para anular o tento solitário de Cani na goleada de hoje.
“Quando tivemos este resultado (5-1) contra o Spartak de Moscovo (nos quartos de final), na segunda mão quisemos anular rapidamente o golo que eles fizeram aqui. Agora é igual. Temos um grande, grande desafio para a segunda mão. A crença deles numa reviravolta vai ser total. Temos pela frente um desafio com grande pressão”, advertiu.
O FC Porto foi para o intervalo a perder 1-0, mas deu a volta com cinco golos sem resposta. Ainda assim, Villas-Boas desvaloriza o seu discurso, ao intervalo. “Nada do que disse foi importante para a reviravolta”, assegurou.
“O importante foi os jogadores acreditarem. A crença na reviravolta instalou-se após o primeiro golo. Temos jogadores de talento imenso que nos levam a outra dimensão”, acrescentou.
Para Villas-Boas, “o FC Porto foi tão competente como na segunda, mas não teve o mesmo nível de eficácia”.
O treinador do Villarreal, Juan Carlos Garrido,afirmou que a “chave” do encontro esteve em dois lances consecutivos no início da segunda parte, quando a sua equipa falhou o segundo golo e, na resposta, o FC Porto empatou.
“Temos a possibilidade do 2-0 e passamos ao 1-1. Com essa jogada acabaram as nossas virtudes e começaram as do FC Porto. Começámos a ver o reportório FC Porto que vimos nos jogos anteriores. Com as suas melhores virtudes, eles fizeram cinco golos e nas nossas apenas um”, lamentou.
Garrido defende que o Villarreal “devia ter marcado mais do que um golo na primeira parte, que dominou”, acreditando que, com isso, poderia ter evitado uma reação portista tão forte, com “força, potencia, físico, belas jogadas e cabeceamentos”.
“Não digo se o resultado é justo ou não. Eles conseguiram-no”, concluiu.