Diego Armando Maradona multiplicou-se em elogios a Lionel Messi, mas defende que “será a história a decidir quem foi o melhor” futebolista do Mundo, considerando “forçada” essa discussão na atualidade.
“Porquê Maradona ou Messi? Eu tive a minha carreira e ele está a fazer a dele. Será a história a decidir. No fim, ver-se-á quem foi o melhor, se Maradona ou Messi. Alguns preferem um e outros o outro”, disse o ex-futebolista, ao jornal argentino Clarin.
Maradona, apelidado de “Deus” no seu país, destacou a importância de ambos serem argentinos e terem triunfado no exigente futebol europeu, “quando muitos nem sequer cruzaram o Rio da Prata (entre Argentina e Uruguai)”.
“Por respeito a ‘Lio’, não digo se ele é melhor ou se fui eu. Há que deixá-lo tranquilo. Quero-lhe muito bem e desfruto quando o vejo em campo. Somos ambos argentinos. Imaginem como estará o ‘morocho’(Pelé)”, provocou Maradona, aludindo ao “rei” brasileiro, com quem “divide” o epíteto de melhor futebolista de todos os tempos.
O antigo selecionador da Argentina, que dirigiu a Messi de 2008 a 2010, considerou o avançado do Barcelona “muito completo”, manifestando-se “muito contente com o seu presente”.
“É muito parecido comigo. Mesmo com sobrecarga de jogos, não quer sair da equipa. Quer jogar os 90 minutos e também os descontos. Não se poupa, enfrenta todos os desafios”, acrescentou, assumindo que o seu compatriota está “muito mais maduro”.
Maradona revelou que, como selecionador, aconselhou Messi a “lidar com a pressão de ser figura pública, como levar a equipa às costas ou aguentar a análise à lupa dos jornalistas”.
“Cada um tem a sua vida. Ele é são, focado e calado. Não sou seu amigo, mas Messi sabe que pode ligar-me quando quiser. Tenho muito boa relação com ele. Falamos muito e aconselhei-o o melhor possível”, referiu.
Assegurando não ter festejado, ex-futebolista acabou por elogiar o segundo golo do compatriota na vitória por 2-0 sobre o Real Madrid, da primeira mão das meias-finais da Liga dos Campeões.
“Não gritei, mas foi um golaço! Os jogadores do Real Madrid pareciam bonecos. Quando pegou na bola, procurou a perna esquerda de Albiol, ganhou-lhe um metro, não se deixou apertar por Marcelo e chegou com frescura para decidir, como os deuses, frente a Casillas, que protegeu bem a baliza”, concluiu.