A direção da Casa do FC Porto ''Dragões de Coimbra'' exortou hoje as autoridades policiais da cidade e restantes poderes para envidarem esforços que evitem futuros atos de vandalismo, apelando à serenidade dos discursos dos dirigentes desportivos.
''A Casa do FC Porto ''Dragões de Coimbra'' exorta as autoridades policiais e restantes poderes, nomeadamente o Governador Civil, para que tudo façam no sentido de evitar a repetição de tais atos [de vandalismo], que são ataques não só a esta instituição, mas também aos hábitos de são convivência, tolerância e higiene social que caraterizam a cidade'', este um dos pontos de um comunicado lido hoje pela direção em conferência de imprensa.
Pedro Figueiredo, recém-eleito presidente da direção dos ''Dragões de Coimbra'', lamentou que seja ''a sexta vez que a casa é vandalizada, desta vez com um prejuízo de cerca de 700 euros em vidros partidos das portas e paredes danificadas''.
Apesar de estar ligada ao FC Porto de forma institucional, mas não financeira, a casa de Coimbra, que conta com 450 associados, ''é aberta a toda a gente'', e, sendo ''uma associação de bem, composta por cidadãos honrados, reconhecidos pela sua elevação ética e moral”, não se revê e condena estes atos ''de hooliganismo primário e violência gratuita''.
O tom foi de crítica para com o comportamento dos dirigentes dos clubes de futebol, sem referir qual emblema, nomeadamente o Benfica, o maior rival dos Dragões a nível interno.
''Os dirigentes dos próprios clubes é que são os mais culpados; não deviam criar tantas guerras. Eles assumem-se como generais e os soldados é que sofrem. São eles que inflamam as histórias'', salientou Ricardo Fernandes, outro membro da direção.
A hipótese de vítimas nos ataques também foi mencionada: ''Só esperamos que a altura de um eventual ataque não coincida com a casa cheia, pois aí pode até haver mortes. Queremos salvaguardar a nossa integridade física. Temos receio, mas a vontade não a perdemos. Estes atos ainda nos dão mais força''.
Como medidas imediatas, além de exortar as autoridades a serem mais interventivas, a direção de Pedro Figueiredo reiterou que vão ser colocados alarmes e grades de proteção para tornar a sede mais segura.