O Manchester United, com uma equipa ''remodelada'', vincou hoje uma superioridade inequívoca ao golear o Schalke, por 4-1, na segunda mão das meias-finais da Liga dos Campeões em futebol.
O coletivo de Alex Ferguson, que se apresentou apenas como habituais titulares Van der Sar e Valência a pensar no jogo de domingo da Liga inglesa com o Chelsea, foi autoritária na receção ao Schalke e apurou-se para a final com o FC Barcelona, no Wembley, em Londres, a 28 de maio, com um agregado de 6-1 (vitória por 2-0 em Gelsenkirchen).
Com uma desvantagem de dois golos, a tarefa do Schalke era hercúlea, mas a equipa de Ralf Rangnick mostrou cedo que podia tornar-se na primeira formação a impor esta época uma derrota ao Manchester United em Old Trafford, tanto em provas inglesas, como na Liga dos Campeões.
Ao contrário do que acontecera na Alemanha, o Schalke começou por circular bem a bola, com segurança, mas sem se acercar com perigo da baliza de Van der Sar, exceção ao remate cruzado ao lado do peruano Farfán, aos 08 minutos.
Sempre que acelerava, o conjunto de Alex Ferguson colocava em completo sobressalto a defesa alemã e o golo acabou por surgir aos 26: passe soberbo de Gibson e a finalização irrepreensível de Valência.
A contrastar com a intranquilidade do Schalke, o Manchester United continuou sem ceder o encontro do jogo e o segundo golo surgiu aos 31, com Gibson, a passe de Valência, a rematar forte e Neuer, com grandes culpas, a não conseguir segurar a bola, que toca no poste esquerdo antes de entrar na baliza.
Na bancada, o técnico do FC Barcelona, Joseph Guardiola, viu o seu compatriota Jurado reduzir aos 35, num remate colocado, depois de uma sucessão de ressaltos na área do Manchester United, que não conseguiu aliviar a bola com a necessária rapidez.
Aos 36, Valência ainda teve a possibilidade de bisar, mas Howedes salvou sobre a linha de golo.
Aos 42, o árbitro português Pedro Proença acabou por não exibir o cartão vermelho ao brasileiro Anderson, após entrada dura sobre Jurado.
No segundo tempo, o técnico do Schalke trocou Baumjohann por Edu, que foi pisar terrenos ao lado de Raúl.
A equipa alemã ganhou outra dinâmica, mas, mesmo com mais posse de bola, não criou situações de golo e nem sequer contrariou o domínio do Manchester United, que continuou a descer com perigo junto da área adversária.
Anderson já tinha ameaçado minutos antes e ampliou para 3-1 aos 72, num lance em que Neuer podia ter feito melhor.
Quatro minutos volvidos, o brasileiro voltou a festejar o golo, o terceiro na Liga dos Campeões em 31 jogos.
A oito minutos do final, Huntelaar fez o golo num ressalto de bola de Van der Sar, mas Pedro Proença, por indicação do assistente, invalidou por alegado fora de jogo do holandês, apanhado no limite.