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José Alberto Torres pensa que Guimarães pode aproveitar desgaste portista

O último treinador a levar o Vitória de Guimarães a uma final da Taça de Portugal de futebol, há 23 anos, também contra o FC Porto, considera que os minhotos podem tirar partido do desgaste do adversário.

O FC Porto jogou a final da Liga Europa, em Dublin, pelo que os seus jogadores podem apresentar-se desgastados e José Alberto Torres pensa que a equipa orientada por Manuel Machado pode “tirar dividendos” disso.

Instado pela Agência Lusa a elencar o “onze” que a 19 de junho de 1988 fez alinhar frente ao FC Porto, no Jamor, na final da Taça de Portugal, e que perdeu por 1-0, o técnico nem hesitou: “Jesus, Costeado, Nené, Bené, Basílio [atual treinador adjunto de Manuel Machado], Nascimento, Carvalho, N’Dinga, Tozé, Adão e N’Kama”.

“Esta equipa do Vitória é muito boa também, mas individual e coletivamente acho que a de então era muito superior”, considera o antigo técnico.

Vimaranense, “nado e criado em Guimarães”, mas a viver na Póvoa de Varzim já há muitos anos, José Alberto Torres diz que o clube lhe “está no sangue”, lembrando ter sido jogador do clube desde a formação e, depois, treinador.

Da temporada 1987/88, que culminou com essa final, José Alberto Torres, de 62 anos, recorda tempos muito atribulados que deixaram mágoas até hoje.

Pimenta Machado, histórico presidente do Vitória, trocou de treinador por duas vezes nessa época, pelo que o então adjunto José Alberto Torres só assumiu o comando técnico na parte final do campeonato, substituindo no cargo António Oliveira, que já tinha rendido René Simões.

“Foram as trocas de treinadores, foi o caso N’Dinga, foram os cinco ou seis jogos fora de casa porque interditaram o nosso estádio, foram muitos e graves problemas e uma muito má gestão”, pelo que “aquela final foi uma espécie de prémio para a dedicação do grupo de trabalho”, lembra à Lusa.

E, apesar de tudo, e perante um “super Porto”, que tinha sido campeão europeu na época anterior, o Vitória de Guimarães “não envergonhou, deu réplica, porque numa final os jogadores vão buscar forças onde não sabem que as têm”, e perdeu pela margem mínima - golo de Jaime Magalhães.

Agora, e apesar de a equipa do FC Porto ser “quase uma fotocópia” da de então e ter patenteado “supremacia evidente” no campeonato e até na Europa, “o Vitória tem uma palavra a dizer”, até porque “é uma final e são 50/50 para cada lado”.

Dos jogadores de então destaca, no Vitória de Guimarães, N’Dinga e Nascimento e, no FC Porto, o seu “amigo” André, de quem chegou a ser colega no Varzim. Dos de agora elege Nilson, mas sobretudo Alex, “pela chama e mística de vitoriano e vimaranense”, enquanto no FC Porto os “desequilibradores” Hulk e Falcao.

Esta é a quinta vez que a equipa vimaranense disputa a final da Taça de Portugal, sem nunca a ter vencido, e José Alberto Torres espera que seja a estreia de um “capitão” vitoriano a levantar o troféu na tribuna de honra do Estádio do Jamor.

“O Vitória já merecia conquistar a Taça de Portugal e faço votos que isso aconteça”, finalizou.

Confira aqui tudo sobre a competição.

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