Um dos motivos que levou o vice-presidente e administrador da SAD do Sporting Luis Duque a ameaçar demitir-se é sobreposição de funções com as do diretor-geral, José Couceiro, disse à agência Lusa fonte do clube.
“José Couceiro tem funções muito abrangentes enquanto diretor geral, claramente definidas no contrato com o Sporting, que se sobrepõem e colidem com as de Luís Duque”, revelou a mesma fonte, para quem “não é possível a coabitação de ambos na estrutura do futebol profissional”.
Segundo a mesma fonte, Luís Duque, que iniciou funções há menos de dois meses para gerir o futebol profissional, pretende que Couceiro seja desviado para a formação, mas este não vê a mudança com bons olhos, uma vez que foi contratado para exercer funções na estrutura profissional.
De resto, a ideia do ex-presidente José Eduardo Bettencourt ao contratar José Couceiro era a de que este integrasse o conselho de administração da SAD, o que só não se verificou porque uma decisão anterior da Assembleia Geral tinha determinado que o número de administradores passasse de cinco para quatro elementos.
Só por essa razão José Couceiro não integrou o conselho de administração então composto por Bettencourt, Nobre Guedes, Lino de Castro e Francisco Louro, tendo sido empossado no cargo de diretor geral com funções alargadas.
Além de querer Couceiro fora da estrutura do futebol profissional, Luís Duque também pretende, segundo a mesma fonte, afastar o responsável pela Academia, Pedro Mil Homens, e o seu número dois, Jean Paul, ambos funcionários do clube.
Estas são algumas das situações que desagradam ao atual homem forte do futebol e que o levaram a ‘esticar a corda’ até à próxima segunda-feira, no sentido de pressionar o presidente do clube, Godinho Lopes.
Luís Duque tem um trunfo na manga: foi ele quem estabeleceu o acordo de palavra com o treinador Domingos Paciência, que vai deixar o Sporting de Braga e ainda não assinou contrato com o Sporting.
O regresso de Luís Duque a par de Carlos Freitas, diretor do futebol, refez uma dupla que teve um papel fundamental no título de campeão conquistado pelo Sporting em 1999/2000 e que foi apresentada com um dos trunfos da campanha de Godinho Lopes, eleito a 26 de março.