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As eleições para a presidência concentram as atenções do 61.º Congresso da FIFA, em Zurique, Suíça, no qual Joseph Blatter concorre para um quarto mandato, mas tem a oposição de Mohammed Bin Hammam, do Qatar.
O primeiro dia do congresso, no dia 31 de maio, servirá para a cerimónia de abertura e para a revisão das atividades da Federação Internacional de Futebol em 2010, nomeadamente a realização da fase final do Mundial da África do Sul.
O segundo dia, no Hallenstadion de Zurique, será preenchido com o debate em torno dos resultados financeiros de 2010 e dos princípios estratégicas do organismo, bem como o processo eleitoral.
Joseph Blatter, um economista suíço nascido em 1936 na localidade de Visp, concorre para um quarto mandato à frente da FIFA, que preside desde o dia 08 de junho de 1998, ao vencer as eleições no 51.º Congresso, em Paris.
Blatter sucedeu então ao brasileiro João Havelange, tornando-se o oitavo presidente da entidade à qual já estava ligado há 23 anos.
O segundo mandato foi assumido a 29 de maio de 2002, com uma nova vitória no Congresso de Seul e, em 31 de maio de 2007, foi reconduzido no cargo, por aclamação, para um terceiro mandato.
O “sonho africano” norteou este seu último mandato, mas foi preciso esperar por 2010 para realmente perceber o alcance e a visão de Joseph Blatter para a FIFA no Século XXI: a conquista de novas fronteiras.
Foi assim neste mesmo Hallenstadion de Zurique, no início de dezembro de 2010, quando a Rússia e o Qatar ganharam a organização das fases finais dos Campeonatos do Mundo de 2018, para a qual também concorria a Candidatura Ibérica (Portugal/Espanha), e de 2022, no Qatar.
As duas eleições estiveram sempre rodeadas de polémicas, com acusações de corrupção de membros do comité executivo, a mais recente das quais suscitada por uma investigação do jornal inglês Sunday Times, que denunciou subornos a responsáveis africanos na votação para a organização do Mundial do Qatar.
O Sunday Times já concordou com a presença da sua fonte na sede do organismo para que esta possa esclarecer as acusações de pagamentos de mais de um milhão de euros aos membros do comité executivo Issa Hayatou e Jacques Anouma para votar na candidatura do Qatar.
Na semana passada, uma nova acusação envolvendo a candidatura de Bin Hammam deverá mesmo ser apreciada pelo Comité de Ética da FIFA, no dia 29 de maio, também em Zurique.
Na terça-feira, o membro do comité executivo da FIFA e secretário-geral da Confederação de Futebol da América do Norte, América Central e Caribe (CONCACAF), Chuck Blazer, relatou ao secretário-geral Jérôme Valcke possíveis violações ao código de ética da FIFA.
Em causa estará uma alegada reunião especial da União Caribenha de Futebol (CFU na sigla em inglês) organizada conjuntamente pelo vice-presidente da FIFA, Jack A. Warner, e pelo membro do comité executivo Mohamed Bin Hammam.
Os encontros terão acontecido nos dias 10 e 11 de maio e estarão relacionados com a eleição de 01 de junho para a presidência da FIFA, de acordo com uma nota publicada no sítio oficial do organismo.
O presidente do Comité de Ética, Cláudio Sulser, pediu escusa da reunião por ser da mesma nacionalidade do candidato Blatter, pelo que o encontro será dirigido pelo vice-presidente, Petrus Damaseb, da Namíbia.
