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Congresso FIFA: Blatter aposta na estabilidade para o último mandato

O suíço Joseph Blatter, o oitavo presidente da FIFA, apresenta-se ao 61.º congresso do organismo como garante da continuidade para os próximos quatro anos, durante os quais conta cumprir o quarto e último mandato.

Congresso FIFA: Blatter aposta na estabilidade para o último mandato

“Estabilidade, continuidade e solvência” foram os três pilares da recandidatura de Blatter à liderança do futebol Mundial, que vai a votos a 01 de junho, em Zurique, na Suíça, frente ao presidente da Confederação Asiática de Futebol, Mohamed Bin Hammam, do Qatar.

Não só por enfrentar as eleições no seu país de origem, Blatter, que nasceu a 10 de março de 1936, vai jogar literalmente em casa: preside à FIFA há 13 anos, antes foi 17 anos secretário-geral do organismo durante a presidência do brasileiro João Havelange e já era diretor técnico desde 1975.

''O futebol é a minha vida. A FIFA também é”, frisou o suíço, de 75 anos, cuja experiência já terá garantido 127 votos dos 208 membros (Oceânia, Europa, América do Sul e África) do congresso no próximo ato eleitoral – são necessários 138 para ser eleito à primeira volta.

Estas contas fazem de Blatter o favorito no embate com Bin Hammam, que capitaliza a popularidade da atribuição do Mundial2022 ao Qatar. Mas, uma eventual não reeleição do suíço significaria uma mudança radical nos seus apoiantes, que o elegeram por unanimidade e aclamação em 2007.

Bacharel em economia e administração de empresas pela Universidade de Lausana, em 1959, Blatter alinhou na liga suíça de futebol amador, entre 1948 e 1971, quando se estreou no dirigismo, no Neuchatel Xamax, que só abandonou quando rumou à FIFA.

A sua primeira experiência profissional foi como relações públicas da entidade de turismo de Valai, tendo transitado para secretário-geral da federação suíça de hóquei no gelo, até que enveredou pelo jornalismo e relações públicas, tanto no desporto, como na indústria privada.

Como responsável pela comunicação da Longines esteve envolvido na organização dos Jogos Olímpicos de 1972 e 1976, naquela que foi a sua estreia com as grandes provas desportivas internacionais.

Já na FIFA, encabeçou, como diretor técnico para o desenvolvimento da modalidade, projetos para os escalões de sub-20 e sub-17, assim como para o futebol feminino e futsal.

“Futebol para todos, todos pelo futebol” é a filosofia que Blatter diz defender, na nota biográfica no sítio oficial da FIFA e, para o próximo mandato, entre 2011 e 2015, promete “utilizar a modalidade para construir um futuro melhor”.

Esta é uma das promessas eleitorais do suíço, que se propõe “consolidar a democracia e a independência das associações, destinar mil milhões de dólares ao desenvolvimento do futebol e melhorar a qualidade deste desporto, com tolerância zero e jogo limpo”.

Blatter defende a “escola de vida” do futebol e o apoio governamental à modalidade que, segundo ele, detém um “papel importante na educação e na juventude”.

Apesar de a FIFA ter enfrentado um escândalo de corrupção, que levou à suspensão dos seus membros acusados de suborno na votação para a atribuição dos Mundiais de 2018 e 2022, o atual presidente está orgulhoso da instituição.

“A FIFA está mais sólida que nunca. Desfrutamos de uma excelente posição para enfrentar os desafios do futuro”, frisou Blatter, o candidato da continuidade, que atesta a solvência com as reservas de 1,2 milhões de dólares, graças à “acertadíssima comercialização dos direitos”.

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