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Paços Ferreira: Vazio diretivo mantém-se após Assembleia-Geral

O Paços de Ferreira vive um vazio diretivo, depois de não terem sido apresentadas quaisquer listas e de a atual direção ter garantido hoje em Assembleia-Geral (AG) “não entrar em loucuras” por falta de receitas.

O vice-presidente Paulo Meneses protagonizou um dos discursos mais inflamados da noite, tendo defendido mesmo que “o concelho não merece o clube que tem”.

O dirigente referiu: “O Paços de Ferreira tem de inventar dinheiro todos os anos, mas não peçam, nem é justo pedirem, a uma direção para tomar conta do clube às escuras. Apesar de toda a dedicação, não podemos ser, nem somos, irresponsáveis”.

O vice-presidente dos “castores” lembrou que a atual direção não faz “loucuras” e, numa referência à dificuldade de manter e angariar novos apoios no concelho que se diz “Capital do Móvel”, precisou: “Este ano, tivemos três patrocinadores de móveis no estádio, sendo que um deles era do presidente”.

Carlos Barbosa manteve o discurso crítico e queixou-se de o clube “não ser minimamente reconhecido”.

O presidente do clube pacense adiantou: “Àquilo que valemos, o que nos dão é uma migalha”. Admitiu a possibilidade de um dia a publicidade à “Capital do Móvel” deixar de figurar nas camisolas do clube.

O “divórcio” entre os empresários do concelho e o clube foi reconhecido pelo director executivo da Associação Empresarial de Paços de Ferreira (AEPF), também presente na reunião magna de sócios.

Apesar de lamentar a situação, José Ribeiro, antigo dirigente do clube, fez questão de dizer que “a Associação não tem capacidade financeira para apoiar o futebol”, sem esconder que seria com “muita mágoa” que veria o nome “Capital do Móvel” deixar de figurar nas camisolas do Paços de Ferreira.

Na abertura da assembleia-geral, presenciada por cerca de uma centena de associados, um número superior ao normal no Paços de Ferreira, o presidente da AG, Fernando Sequeira, confirmou não ter recebido quaisquer listas e dirigiu um apelo à união dos sócios.

“Era mais ou menos pacífico que os dirigentes tinham disponibilidade de continuar, mas, ultimamente, em conversas tidas com a direção, foram-me dando conta da dificuldade de conseguir patrocínios, sejam institucionais ou privados”, disse Fernando Sequeira.

Este insistiu na dramatização do discurso, acrescentando: “Há que reconhecer que é um privilégio ter um clube com esta massa crítica, com 2000 sócios pagantes, que vai a finais e se livra tão cedo da descida. Eles não estão a abandonar, mas têm medo do futuro”.

Fernando Sequeira marcou uma nova AG para o dia 21 de Junho.

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