Um grupo de dez sócios da Académica entregou terça-feira uma petição no Tribunal de Coimbra para impugnar o ato eleitoral do clube, mas a direção desvalorizou esta ação, em véspera de tomar posse.
''A convicção dos juristas com quem falámos é que houve irregularidades e ilegalidades nas eleições do passado dia 7. Assim a providência cautelar e o pedido de impugnação das eleições é no sentido de proteger os sócios (mais de 3.000) que não puderam votar'', disse à Agência Lusa Campos Coroa, candidato da Lista B à presidência da Assembleia-Geral.
O candidato derrotado esclareceu que este pedido não significa ''nenhum assalto ao poder'', mas sim um gesto para preservar a democracia na Académica.
''A Académica sempre foi um baluarte da democracia e dos valores de uma instituição de causas. Estamos preocupados com que a AAC/OAF seja uma escola de democracia, o que não está a ser cumprido'', salientou.
Campos Coroa, António Maló de Abreu, Paulo Almeida e Manuel Correia de Oliveira são os autores da ação pertencentes à derrotada Lista B, aos quais se juntam Victor Baptista, Rui Brito Xavier, Camilo Fernandes, Francisco Cunha Matos, Fernando Santos Costa e Lucílio Carvalheira.
A Agência Lusa contactou a direção academista que, através do vice-presidente Luís Godinho, referiu: ''Essa questão não nos preocupa''.
''É um direito que assiste a qualquer sócio. A meu ver, as eleições decorreram normalmente e não há razão nenhuma para qualquer ato de impugnação'', realçou o dirigente.
A tomada de posse dos futuros membros dos órgãos sociais está prevista para quinta-feira, às 19:30, na Academia Dolce Vita.