O Sindicato dos Jogadores Profissionais de Futebol (SJPF) promove pelo nono ano consecutivo o estágio para jogadores desempregados, uma iniciativa que tem tido uma taxa de empregabilidade de 80 por cento.
“Temos tido uma participação de cerca de 80 a 90 jogadores e uma taxa de empregabilidade de 80 por cento”, disse à agência Lusa o presidente do SJPF, Joaquim Evangelista.
O sindicalista lembrou que o estágio “é uma iniciativa de carácter mais social, que visa combater o desemprego entre a classe”, cujos custos são suportados sobretudo pelo sindicato “através de parcerias desenvolvidas ao longo dos anos”.
Hoje, o sindicato vai abrir o programa a jogadores amadores, dos quais serão escolhidos 10 para integrar o estágio, que decorrerá entre 04 de julho e 31 de agosto.
No estágio, que decorrerá em Lisboa e em Vila Nova da Gaia, os jogadores terão, segundo Evangelista, “treinos diários, jogos de exibição, participação em torneios e também uma vertente formativa”.
O presidente do SJPF faz um balanço positivo dos estágios anteriores, dando como exemplos de sucesso o defesa Miguel Garcia, que este ano disputou a final da Liga Europa ao serviço do Sporting de Braga, e Paulo Santos, atual guarda-redes do Rio Ave.
Evangelista voltou a lamentar a aquisição de tantos futebolistas estrangeiros por clubes portugueses, quando “há muito bons em Portugal” e apelou a uma mudança na política de contratações.
“Numa altura em o próprio Presidente da República apela ao consumo dos produtos portugueses noutras áreas económicas, eu também, enquanto presidente do sindicato, apelo aos nossos dirigentes para que apostem nos jogadores portugueses”, frisou.