O treinador de futebol do Benfica, Jorge Jesus, procedeu hoje ao pagamento integral de 119.000 euros de impostos devidos durante a sua permanência no Vitória de Setúbal, apesar de considerar que a dívida não era da sua responsabilidade.
“Não obstante o compromisso contratual assumido pela direção do Vitória Futebol Clube, à altura presidida pelo Dr. Jorge Goes, com, o então, treinador do Vitória Futebol Clube, Jorge Jesus, aquela entidade não procedeu ao pagamento integral de todos os impostos devidos por conta da sua relação contratual com o treinador supra referenciado e que, de acordo com o apuramento feito pelo DCIAP [Departamento Central de Investigação e Ação Penal] e DGCI [Direção Geral de Contribuições e Impostos], se cifram em cerca de 119.000 euros”, informa o técnico, em comunicado.
Jorge Jesus esclarece que “ainda que não fosse a liquidação do montante supra referido da sua efetiva responsabilidade, procedeu hoje ao integral pagamento do montante supra enunciado junto de uma instituição bancária indicada para o efeito pelos serviços públicos”, para evitar “quaisquer delongas processuais pudessem prejudicar o seu bom nome”.
Apesar de ter liquidado o valor em dívida, o atual treinador do Benfica, que foi técnico dos sadinos entre 2000 e 2002, “reserva-se agora que está resolvida a questão enquanto cidadão e contribuinte, ao diálogo com o Vitória de Setúbal para encontrar a melhor solução para ambas as partes”.
Jorge Jesus foi notificado pelo DCIAP para prestar declarações sobre as relações entre o Vitória de Setúbal e o Banco Português de Negócios (BPN), no âmbito da Operação Furacão, um processo por fraude fiscal que envolve centenas de empresas.