A direção do Beira-Mar reagiu hoje, em comunicado, à decisão da Câmara Municipal de Aveiro, em não entregar a gestão do estádio ao clube aveirense, sublinhando existirem “interesses mesquinhos” e “ambições politicas escondidas” que impedem o acordo.
Na nota informativa, publicada no sítio oficial, o elenco diretivo mostrou-se desapontado com a decisão: “Os interesses mesquinhos de uma pseudo-coerência, utilizada só quando se vislumbram ambições políticas escondidas, sobrepuseram-se à lucidez que se exigia na defesa dos interesses de Aveiro”.
A direção da formação “auri-negra” ressalva que os cinco vereadores que chumbaram a proposta (cinco votos contra quatro) “deram uma prova de alheamento da defesa do desenvolvimento, não só do Beira-Mar, mas antes do concelho”.
Segundo a nota, a proposta da gestão do estádio foi feita pela, já extinta, Empresa Municipal de Aveiro “há vários meses”, tendo sido apoiada pelo investidor iraniano Majid Pishyar, que considerou que a mesma seria facilitadora do desenvolvimento sustentado do clube.
A versão final do protocolo que definia o acordo entre as partes ficou concluída há três semanas “com o pressuposto de entrar em vigor no início do mês de julho”, acrescenta a nota informativa, que refere que a autarquia pediu ainda um parecer jurídico que validou o documento.
Todavia, e perante o chumbo da proposta, a direção aveirense sublinha que estas contradições prejudicam o processo de criação da Sociedade Anónima Desportiva, uma vez que o investimento de Pishyar pretendia abranger também a região de Aveiro.
Por fim, o comunicado informa que a direção se encontra em contacto com o investidor, aguardando a sua posição para uma futura tomada de posição, relativamente a esta questão.