O Chelsea, agora orientado pelo técnico português André Villas-Boas, iniciou da melhor forma a preparação para a nova época, ao vencer a equipa do Portsmouth por 1-0.
Só com duas semanas de trabalho, o Chelsea, vice-campeão da Primeira Liga inglesa, não fez um jogo brilhante e tanto Drogba como Anelka mostraram falta de pontaria, enquanto o Portsmouth, que disputa o Championship (segundo escalão), nunca conseguiu fazer a bola entrar na baliza visitante.
No primeiro jogo da “era Villas-Boas”, em Portsmouth, o técnico português deu sinal de estar disposto a apostar na juventude, fazendo alinhar Billy Clifford e Tomas Kalas no “onze” inicial, deixando veteranos como John Terry e Frank Lampard no banco.
Mantendo a formação 4-3-3 que usou no FC Porto, colocou ainda Daniel Sturridge na frente ao lado de Fernando Torres e entregou o meio-campo a Mikel.
A primeira parte foi marcada pelo golo logo aos sete minutos de Ben Haim, que cabeceou para a própria baliza após um mau alívio de um centro da direita de Fernando Torres. Foi uma estreia infeliz do defesa israelita, que nunca marcou pelos “blues” na época que fez no Chelsea, 2007/08.
Todavia, o primeiro sinal de perigo do jogo até foi dado pelo “pompey”, cujo ponta de lança Dave Kitson, contratado esta época, esteve bastante ativo e quase marcou, após uma bola perdida por Clifford no lado direito.
Mesmo assim, a primeira meia hora foi dominada pelo Chelsea, que aos 23 minutos viu Ivanovic falhar por pouco um canto marcado do lado direito por Yuri Zhirkov.
Aos 26 minutos o Chelsea não soube aproveitar a oferta de Stephen Henderson quando este deixou escapar a bola numa defesa a um livre direto de Sturridge concedido pelo defesa português Ricardo Rocha, que renovou com o Portsmouth.
Nos últimos 15 minutos da primeira parte, a equipa da casa voltou a entrar na grande área do Chelsea, quando Luke Varney arrancou em contra-ataque e disparou rápido contra a baliza de Turnbull.
Pouco depois, Ashely Cole teve de atravessar a defesa para aliviar para fora no lado direito, o que deu lugar a uma sequência de três cantos, mas a bola nunca chegou perto das malhas da baliza do Chelsea.
Para a segunda parte, Villas-Boas fez entrar um “onze” completamente diferente, mais perto da equipa normal, com Terry, van Aanholt e Bosingwa na defesa, Lampard e Yossi Bennayoun no meio-campo e Drogba e Anelka na frente.
Era esperada a entrada de Josh McEachran, internacional sub-21 e produto das escolas do clube, que renovou contrato esta semana com esperança de jogar mais assiduamente no lugar do lesionado Essien.
A maior surpresa foi a confiança demonstrada por Villas-Boas em Nathaniel Chlobah, um jovem 16 anos natural da Serra Leoa considerado bastante talentoso e a quem coube a responsabilidade de fazer par com Terry na defesa.
Na baliza, o português Hilário esteve em destaque, aos 58 minutos, ao parar um potente remate de Hreiddarsson e logo a seguir ao defender uma grande penalidade que provocou por derrubar Varney, que se tinha isolado na grande área, mas não conseguiu concretizar a falta.
As oportunidades criadas por este avançado, contratado este ano pelo Portsmouh, valeram-lhe o título de homem do jogo e um aplauso geral da assistência de 19.345 pessoas, um recorde para um jogo de pré-época, tendo só cerca de mil cadeiras ficado livres no estádio de Fratton Park.
O Portsmouth parte no domingo para uma digressão nos Estados Unidos, enquanto o Chelsea viaja para a Ásia.