O guarda-redes Marcelo Boeck, contratado ao Marítimo, assumiu hoje que quer “tirar a titularidade a Rui Patrício quando surgir a oportunidade”, apesar de ter “respeito pela história” do seu colega nos últimos quatro anos no Sporting.
“Tenho respeito pela história do Rui no Sporting, sei que tem sido titular nos últimos quatro anos e um dos fatores primordiais da equipa, mas, na hora que a oportunidade aparecer, vou estar pronto para agarrá-la e nunca mais sair”, disse Marcelo Boeck, notando que “há várias competições” em que o Sporting está envolvido e que “cada um vai ter a sua oportunidade”.
Pelo menos, o brasileiro garante que vai batalhar pela titularidade, lembrando que todos os jogadores que foram contratados vieram com “mentalidade de ajudar” o Sporting e de “lutar por um espaço” na equipa.
Falando dos colegas, Marcelo Boeck considera que são “todos bons”, cada um com o seu “estilo”, mas com “nível para estar no Sporting”, razão pela qual prevê que, seja quem vier a ser o titular, “estará à altura de representar o clube”.
Sobre as diferenças entre o trabalho que desenvolveu no Marítimo e agora no Sporting, assinala várias: “São táticas e estratégias diferentes. No Marítimo, em certos jogos, segurávamos um pouco mais o jogo, aqui joga-se para ganhar sempre, é mais agressivo e o posicionamento do guarda-redes tem de ser mais adiantado”.
Por outro lado, realça, “joga-se mais rápido e a confiança entre os jogadores é maior” porque a qualidade técnica “também é superior”.
A confiança “começa nos centrais e passa por toda a equipa”, ao mesmo tempo que o trabalho diário permite que se vá “entrosando e assimilando os métodos e as ideias de Domingos”.
Já André Santos, ficou “satisfeito com os elogios” que o seu concorrente direto ao lugar de “trinco” lhe teceu, o argentino Rinaudo, que considerou “um bom companheiro”.
“Ele disse que eu podia jogar mais à frente, o que é uma verdade, mas o importante é a equipa”, disse André Santos, que nega a ideia de levar alguma vantagem sobre o argentino pelo facto de estar há mais tempo no clube e ter ganho o estatuto de titular.
O médio “leonino” não vê as coisas nessa perspetiva: “É preciso ver que o treinador também é outro, com as suas ideias, e que há muitos jogadores novos, ainda a conhecer-se e a procurar mostrar o seu trabalho ao novo treinador”.
No entanto, André Santos quer “fazer melhor” do que na época passada, uma vez que, tal como os adeptos, também os jogadores “não querem ficar em terceiro lugar” no campeonato, mas “dar as alegrias que a massa associativa merece”, tanto mais que está em causa o “orgulho do clube”.