FC Porto paga 4 milhões por mais 22,5 por cento do passe de João Moutinho

Em comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o clube anuncia ter “readquirido por quatro milhões de euros 22,5 por cento dos direitos económicos do jogador João Moutinho ao Soccer Invest Fund – Fundo Especial de Investimento Mobiliário Fechado, o qual é gerido e representado pela MNF GESTÃO DE ACTIVOS – SGFIM, SA”.

A MNF é o fundo “ao qual a Mamers B.V. cedeu a sua posição contratual relativamente aos direitos económicos que detinha sobre este atleta”, refere o mesmo comunicado.

A 4 de julho de 2010, o FC Porto adquiriu, por 11 milhões de euros, o passe de João Moutinho ao Sporting, que ficou com o direito a receber 25 por cento da mais-valia que se venha a verificar numa futura cedência do jogador pelo FC Porto a outro clube, por um valor superior a 11 milhões de euros.

A 15 de Outubro de 2010, a SAD portista alienou 37,5 por cento do mesmo passe à Mamers por 4,125 ME, tendo pago agora quatro milhões por 22,5 por cento do mesmo.

Tendo por base a cláusula de rescisão do jogador, no valor de 40 milhões de euros, esta última transação financeira traduz-se na seguinte repartição: Sporting tem 25 por cento das mais-valias (7,25 ME), o fundo privado tem 15 por cento do valor do passe (6 ME) e os 85 por cento do FC Porto (descontando os valores a repartir) valeriam 26,75 ME.

Numa hipotética “venda” de João Moutinho, o Sporting seria o mais beneficiado financeiramente nas mais-valias, com 18,25 ME, seguido pelo FC Porto, com cerca de 15,5ME, e pelo fundo da MNF, com cerca de dois ME.

Aos números dos “dragões” há a acrescentar a importância do jogador (entre os mais utilizados) na conquista dos títulos nacionais e europeu da época transata, o que daria à “Operação João Moutinho” um formato quase inédito de simbiose económica desportiva.