A Associação de Futebolistas Espanhóis (AFE) e a Liga de Futebol Profissional voltaram hoje a falhar o acordo para a suspensão da greve convocada pelo sindicato dos jogadores, depois de uma reunião de seis horas.
Naquele que foi o quinto encontro desde a convocatória da greve, no passado dia 11, as partes dizem que houve uma troca de pontos de vista, mas nenhuma fala de avanços concretos, pelo que se mantém em aberto a hipótese de greve à segunda jornada da primeira e da segunda divisão, agendada para 27 e 28 de agosto.
O presidente da LFP, José Luis Astiazarán, afirmou que está a tentar encontrar “fórmulas imaginativas” para sanar o conflito, enquanto porta-voz de AFE, Luis Gil, disse que Liga não cedeu e que o distanciamento entre os dois organismo “não mudou muito”.
Para quarta-feira está agendada nova reunião, às 16:00 (15:00 em Lisboa), na sede da LFP.
Os jogadores reclamam o pagamento imediato dos salários em atraso que afetam atualmente cerca de 200 futebolistas e cujos valores atingem o valor total de 50 milhões de euros, de acordo com o AFE, enquanto a LFP diz já ter atingido o limite das suas capacidades económicas.
A liga espanhola decidiu criar em 3 de agosto último um fundo aberto até 2015 para garantir as dívidas dos clubes que deixem de pagar, fundo esse que pode atingir um limite máximo de 10 milhões de euros por época, o que é considerado insuficiente pelos jogadores.