O Benfica garantiu hoje o acesso à fase de grupos da Liga dos Campeões em futebol, ao derrotar na Luz o FC Twente, por 3-1, após o empate 2-2 registado na Holanda.
Bastou um quarto de hora da etapa complementar para o Benfica arrumar a questão da eliminatória, na sequência de dois lances de bola parada, depois de na primeira parte ter desperdiçado algumas oportunidades de bola corrida.
O primeiro golo, por Witsel, surgiu logo no primeiro minuto da segunda parte, ao efetuar um pontapé de bicicleta, após desvio de cabeça de Luisão ao livre executado por Gaitán. O segundo, por Luisão, aos 60 minutos, a corresponder de cabeça ao primeiro poste a um pontapé de canto executado por Aimar.
Com a eliminatória perdida, Co Adriaanse retirou de imediato o médio Janssen e lançou Ola John, cuja entrada no jogo da primeira mão pusera a ''cabeça em água'' a Maxi Pereira e Ruben Amorim, “sem pernas” para o travar, e a verdade é que o extremo do Twente só não fez o 2-1 aos 63 minutos porque Artur executou a sua primeira grande defesa da partida.
No entanto, três minutos volvidos, o Benfica voltou a marcar, aproveitando o bloco subido dos holandeses face à necessidade de arriscar tudo, mais uma vez por Witsel, isolado por um passe de Cardozo, a bater o guarda-redes Mihaylov.
Com a eliminatória na mão, o Benfica ficou numa posição confortável, deixando a iniciativa ao Twente e procurando explorar os espaços nas costas da defesa holandesa, muito subida no terreno.
De realçar, no entanto, que aos 71 minutos, num momento de desconcentração e relaxamento da defesa encarnada, o guarda-redes Artur voltou a estar em foco ao efetuar uma defesa monumental, a adiar o golo de honra dos holandeses, que surgiria a cinco minutos do fim, por Bryan Ruiz.
O Benfica controlou o jogo durante a primeira parte, não permitindo ao Twente qualquer veleidade em termos ofensivos, apesar de a equipa holandesa, quando recuperava a posse da bola, abrir uma frente de quatro homens no seu processo ofensivo.
Na conferência de imprensa de antevisão do jogo, o técnico Jorge Jesus realçara a importância de o Benfica “defender bem” para poder assegurar a passagem da eliminatória.
A verdade é que a equipa correspondeu a essa exigência, ao anular a manobra ofensiva dos holandeses graças a um “pressing” alto que “cortou” a fonte de abastecimento aos quatro homens da frente e à cobertura feita pelos extremos Nolito e Gaitán às subidas dos laterais holandeses.
O que faltou ao Benfica na primeira parte foi maior eficácia na finalização das suas triangulações ofensivas, com a bola rente à relva, o que criou dificuldades à defesa holandesa, mas havia sempre algo que falhava, fosse o último passe, fosse a precisão no remate à baliza.
Neste aspeto, Nolito esteve numa noite menos inspirada, caso contrário o Benfica teria chegado ao golo mais cedo.
Ficha do Jogo:
Jogo realizado no Estádio da Luz, em Lisboa.
Benfica – Twente, 3-1.
Marcadores:
1-0, Witsel, 46 minutos.
2-0, Luisão, 59.
3-0, Witsel, 66.
3-1, Bryan Ruiz, 85.
Equipas:
- Benfica: Artur, Maxi Pereira, Luisão, Garay, Emerson, Javi Garcia, Alex Witsel, Gaitán (Bruno César, 74), Aimar, Nolito (Matic, 74) e Cardozo (Saviola, 84).
(Suplentes: Eduardo, Rúben Amorim, Bruno César, Matic, Saviola, Jardel e Enzo Peréz).
- Twente: Nikolay Mihaylov, Tim Cornelisse, Douglas, Peter Wisgerhof, Dwight Tiendalli, de Jong, Brama (Denny Landzaat, 76), Janssen (Emir Bajrmi, 59), Bryan Ruiz, Marc Janko e Steven Barghuis (Ola John, 59).
(Suplentes: Sander Boschker, Rasmus Bengtsson, Denny Landzaat, Emir Bajrmi, Roberto Rosales, Bart Buysse e Ola John).
Árbitro: Felix Brych (Alemanha).
Ação disciplinar: Douglas (15) e Maxi Pereira (76).
Assistência: Cerca de 40 mil espetadores.