Uma “traição” de Guarín, que isolou Messi (39 minutos) para golo, custou hoje ao FC Porto boa parte da perda da Supertaça Europeia de futebol frente ao FC Barcelona, com um “pesado” e já tardio 2-0, no Mónaco.
O campeão português deu boa réplica frente ao “senhor da Europa”, mas o lance fatídico do médio internacional colombiano ajudou a que a equipa de Pep Guardiola conquistasse o quarto troféu em oito tentativas: os portistas têm apenas um em quatro.
O FC Porto acabou reduzido a nove por expulsão de Rolando (86), por acumulação de amarelos, quando estava ainda 1-0, e Guarín, aos 90, por entrada dura sobre Mascherano.
Se o Barcelona é tido como a melhor equipa da história, o FC Porto podia ter feito uma surpresa, pois, mesmo com o adversário a controlar a bola como ninguém, foi uma equipa com atitude e que não esteve muito distante em termos de situações de perigo.
A qualidade de passe e controlo de bola dos catalães ate fez esquecer as condições deficientes do relvado do Estádio Louis II, embora tenha complicado a profundidade ao jogo.
Os portistas cumpriram a promessa de jogar sem medo e com personalidade, Vítor Pereira teve a organização e o trabalho que pediu: faltou-lhe a criatividade desejada e pode queixar-se do pecado de Guarín que lhe estragou a estratégia.
Vítor Pereira prometeu e cumpriu com o mesmo sistema “4x3x3” que o Barcelona e até começou por se dar bem, pois pertenceram aos “dragões” as primeiras oportunidades, em livre desperdiçado por Hulk (06) e remate de João Moutinho (07) à entrada da área que Valdés desviou para canto.
A resposta catalã surgiu em corte defeituoso de Fucile que deixou três contrários isolados, valendo o facto de Pedro (10) tentar o “chapéu” a Helton, por cima.
O início do jogo foi muito agitado e Hulk (12), em lance individual na direita, ganhou ângulo, mas não conseguiu acertar na baliza.
Com o tempo, a partida baixou de ritmo e qualidade, com as equipas a encaixar-se taticamente, mas mantendo-se longe das balizas.
Nesta altura, o FC Barcelona já era claramente senhor da bola, paciente a encontrar espaços, frente a um FC Porto que defendia em linha e deixava o adversário regularmente em foras de jogo milimétricos.
Depois de Xavi (37) obrigar Helton a ceder canto, Guarin evitou um, fugiu ao segundo e atrasou para… Messi (39), o melhor do mundo, que, completamente isolado, ‘sentou’ o guarda-redes e inaugurou o marcador (1-0).
Os “dragões” voltaram a entrar melhor e, em lance de insistência, João Moutinho (52) ia marcando, seguindo-se uma “bomba” de Guarín (54) que Valdés defendeu para canto.
Do outro lado, Pedro (56), sozinho na esquerda, podia fazer melhor, mas Helton defendeu: quatro minutos depois, isolado, perdeu o controlo da bola e o guarda-redes brasileiro aliviou.
Aos 73, Mascherano tirou a bola de cabeça a Valdés, mas valeu Abidal ser mais rápido que Hulk e ceder canto.
A 10 do fim, Guarin pareceu travado em falta na área por Abidal, mas, apesar dos muitos protestos, o árbitro mandou seguir.
Já com o FC Porto reduzido a 10 (expulsão de Rolando, aos 86, por acumulação de cartões amarelos) Cesc Fabregas ampliou para 2-0 na zona do central, dilatando o resultado para números injustos.
Aos 90, Guarin tem entrada dura sobre Mascherano e viu cartão vermelho direto.