Os argentinos Javier Pastore e Sergio Aguero, o espanhol Cesc Fábregas e o colombiano Radamel Falcao, os “senhores 40 milhões”, foram os protagonistas das transferências mais caras no arranque da época futebolística 2011/12.
Em tempos de crise, os valores parecem excessivos, mas Paris Saint-Germain (Pastore), Manchester City (Aguero), FC FC Barcelona (Fábregas) e Atlético de Madrid (Falcao) ficaram muito longe dos 94 milhões de euros (ME) pagos pelo Real Madrid há dois anos pelo avançado português Cristiano Ronaldo, a maior de sempre na modalidade.
O clube da capital espanhola foi mais moderado neste defeso, mas gastou o suficiente com Fábio Coentrão para figurar na lista das transferências mais caras: 30 ME, o valor estipulado pela cláusula de rescisão que ligava o defesa internacional português ao Benfica.
O “encaixe” dos lisboetas nem sequer foi o maior de um clube português. O FC Porto foi o grande beneficiado da ambição do Atlético de Madrid de ombrear com Real Madrid e Barcelona, recebendo 40 ME pela transferência de Falcão, valor que pode ascender a 47 ME em função de objetivos pré-definidos.
O Manchester City, na expetativa de poder chegar ao título inglês, e FC Barcelona, retocando uma equipa campeã espanhola e europeia quase perfeita, pagaram números idênticos pelas aquisições de Aguero e Fábregas, respetivamente, deixando a tradicional “marca” nas estatísticas do defeso.
Menos habitual é a presença do PSG entre os mais gastadores, mas os parisienses não olharam a meios para poderem contar com o médio argentino Pastore, contratado ao Palermo por 42 ME, o que constitui um novo recorde para clubes franceses.
Além de Fábregas, o Arsenal também cedeu também o influente médio francês Samir Nasri por um valor considerável (27 ME), mas não aplicou o dinheiro em contratações sonantes e parece estar já a pagar por isso, tendo sido goleado por 8-2 no estádio do Manchester United, na terceira jornada do campeonato inglês.
Apesar de ter contratado o médio internacional português Raul Meireles ao Liverpool, pouco antes do encerramento do mercado e sem revelar o montante pago, o Chelsea esteve menos ativo do que em anos anteriores, limitando-se a oferecer 27 ME ao Valência pelo médio espanhol Juan Mata, mas voltou a ser o clube que mais desembolsou por um treinador, como já tinha acontecido com José Mourinho, ao pagar ao FC Porto os 15 ME da cláusula de rescisão de André Villas-Boas.
O campeão português e vencedor da Liga Europa não perdeu tempo em aplicar os milhões e protagonizou as duas contratações mais caras entre clubes portugueses, ao pagar 13 ME ao Santos pelo defesa brasileiro Danilo e 9,6 ME ao Deportivo Maldonado por Alex Sandro.
Com a aquisição do médio brasileiro Elias ao Atlético de Madrid por 8,85 ME, a um dia do fecho de marcado, o Sporting chegou ao terceiro lugar do “ranking” das transferências nacionais, superando os 7,5 ME que o Benfica pagou ao Standard de Liège para assegurar o médio belga Witsel.