O presidente da Oliveirense, José Godinho, disse hoje não ter “lógica nenhuma” a regulamentação que “obriga a eleger como delegados quem não integra órgãos sociais de clubes”.
José Godinho, que falava à margem da eleição dos delegados representativos dos clubes e SAD’s da Liga e da Liga de Honra à Assembleias-Geral da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), disse não fazer sentido entregar o poder de decisão a advogados.
O presidente da Oliveirense sugere, por isso, a necessidade de os clubes proporem a alteração da atual legislação, que surge da adequação dos regulamentos da FPF ao novo regime jurídico das federações.
José Godinho disse que foi dado “um passo importante” com a eleição dos delegados, que votam sobre a forma de voto secreto e unipessoal, e considerou que o atual presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), Fernando Gomes, não poderá deixar de ser candidato à FPF.
“Pelas indicações e sensibilidades recolhidas, e pela vontade expressa pelos representantes dos clubes da Honra, Fernando Gomes não terá outra alternativa do que aceitar ser candidato”, disse.
O presidente da Oliveirense adiantou ainda que se Fernando Gomes aceitar ser candidato às eleições da FPF, e caso venha a ser eleito, os clubes da Honra estarão na primeira linha para encontrar sucessor na LPFP.
Ainda de acordo com José Godinho, Fernando Gomes e Hermínio Loureiro, pelo que já fizeram em prol do futebol, são os mais sérios potenciais candidatos à presidência da FPF. “Soares Franco seria apenas a continuidade”, disse.
Godinho abordou ainda questões que preocupam não só a Oliveirense como os demais clubes da Liga de Honra, como a sustentabilidade financeira da prova, comparativamente à Liga, prova em que “só não se safa quem for mau gestor”.
No que respeita à Oliveirense, José Godinho está preocupado com os inúmeros cartões que a equipa tem visto e pelo peso financeiro negativo que isso se traduz em multas.
“Vou procurar sensibilizar o presidente da Comissão de Arbitragem (Vítor Pereira), para a necessidade de se proteger o espetáculo. Onze contra onze já é difícil, dez contra onze é pior e nove contra onze pior ainda”, explicou.
Em causa está o pagamento à LPFP de multas pelos cartões amarelos, que José Godinho considera “excessivo e demasiado penalizador” para os clubes que já vivem numa situação financeira complicada.