FC Porto e Benfica empataram hoje 2-2, no encontro que inaugurou a sexta jornada da Liga portuguesa de futebol, disputado no Estádio do Dragão, no Porto.
Num palco onde há dois anos tinha sido impedido de selar o título (1-3) e o ano passado havia sido humilhado (0-5), o conjunto de Jorge Jesus chegou à igualdade final aos 82 minutos, graças a um golo do argentino Nicolas Gaitan.
Foi a segunda vez que o Benfica restabeleceu o empate, depois de o paraguaio Óscar Cardozo ter marcado aos 47 minutos, num jogo que o FC Porto, com tentos de bola parada do brasileiro Kléber (37) e do argentino Otamendi (50).
Os “encarnados” tiveram o prémio para nunca terem deixado de acreditar, enquanto os “dragões” pagaram bem caro o facto de terem começado cedo demais a especular e tentar segurar a curta, mas preciosa vantagem que tinham adquirido.
Contas feitas, os últimos dois campeões nacionais vão continuar irmanados na frente da tabela, agora com 14 pontos, sendo que o FC Porto somou o segundo empate consecutivo e o Benfica falhou o quinto triunfo consecutivo.
Em relação ao último encontro (0-0 com o Feirense), Vítor Pereira efetuou cinco alterações, trocando o castigado James Rodriguez, o lesionado Sapunaru, Mangala, Belluschi e Cristian Rodriguez por Varela, Otamendi, Álvaro Pereira, Fernando e Hulk.
O FC Porto entrou, assim, com Fucile, Rolando, Otamendi e Álvaro Pereira, à frente de Helton, um meio-campo com Fernando, Guarin e João Moutinho e dois extremos (Varela e Hulk) no apoio a Kléber.
No que respeita ao Benfica, Jorge Jesus fez três mudanças face ao triunfo sobre a Académica (4-1), ao fazer regressar Javi Garcia, Aimar e Gaitan, bem como o “4-2-3-1”, e excluir Matic, Bruno César e Saviola.
Desta forma, o Benfica alinhou com Artur na baliza, uma defesa com Maxi Pereira, Luisão, Garay e Emerson, dois médios mais defensivos (Javi Garcia e Witsel), dois extremos (Nolito e Gaitan) e Aimar nas costas de Cardozo.
O encontro começou com uma arrancada de Hulk, que passou por Emerson e rematou por cima, para, aos três minutos, o Benfica responder, através de um centro da direita de Nolito, ao qual Cardozo chegou atrasado.
Podia pensar que se partiria para um jogo de parada e resposta, mas isso não aconteceu: seguiu-se um verdadeiro monólogo de Hulk, único jogador capaz de agitar o jogo, de o colorir, de o tirar de um cinzentismo generalizado.
Foi dos pés do “Incrível” que saíram dois remates de pé esquerdo que passaram perto do poste, aos 11 e 25 minutos, o segundo num livre distante, e um magnífico passe a desmarcar Varela, na esquerda, para este oferecer o golo a Kléber, que, isolado, permitiu a brilhante intervenção de Artur.
Perante um Benfica incapaz de fazer uma jogada com princípio, meio e fim, o FC Porto, sempre mais ofensivo, acabou por marcar, aos 37 minutos, curiosamente sem a intervenção de Hulk: Guarin marcou um livre na esquerda e Kléber, mais alto do que os contrários, desviou de cabeça.
Depois de um quezilento final de primeira parte, a segunda começou com o golo do empate, aos 47 minutos, com Aimar a recuperar a bola perto da área portista e a servir Nolito, que isolou Cardozo, para este “sentar” Helton e marcar.
Os “dragões” só precisaram, porém, de três minutos para voltar ao comando do marcador, em mais um lance de bola parada: depois de um canto à maneira curta, Varela centrou da direita e Otamendi limitou-se a encostar.
Após dois golos de ''rajada'', veio o equilíbrio, o jogo repartido e o Benfica quase a voltar em empatar, em nova bola parada favorável ao FC Porto: em contra-ataque, Aimar lançou Nolito e este isolou Cardozo, mas Helton evitou o “bis”.
A conexão Nolito-Aimar ameaçava fazer mais “estragos”, mas, aos 69 minutos, Jesus tirou ambos e lançou Bruno César e Aimar, fazendo regressar o “4-4-2”, enquanto Vítor Pereira trocou Guarin e Kléber por Belluschi e Cristian Rodriguez.
O FC Porto encolheu-se, começou a tentar segurar o resultado e o Benfica assumiu a posse de bola, mas sem conseguir criar grande perigo, só que, aos 82 minutos, numa jogada confusa, Cardozo tocou para Saviola, que, com um passe magnífico, serviu Gaitan, para este “fuzilar” de pé esquerdo.
Até ao final, Vítor Pereira ainda tentou “remediar”, com a reentrada de um ponta-de-lança (Walter), mas o Benfica logrou segurar o empate, sem sobressaltos, nos instantes finais com Matic em vez de Cardozo, mais preocupado em não sofrer.
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