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Número de mulheres a jogar futebol em Portugal está a aumentar

No futebol, em 100 praticantes, 99 ainda são homens, mas a participação das mulheres está a crescer, com o número de atletas federadas a aumentar quase para o dobro entre 2001 e 2010.

Número de mulheres a jogar futebol em Portugal está a aumentar
Futebol 365

Segundo os dados do Instituto do Desporto de Portugal (IDP), compilados pela Associação Portuguesas Mulheres e Desporto (APMD), em 2010, estavam inscritos na Federação Portuguesa de Futebol (FPF) 148.106 praticantes e, destes, apenas 6.160 mulheres, um número que corresponde a uma taxa de feminização de 4,2 por cento.

Na última década (2001/2010), o número de praticantes inscritos na FPF aumentou de 115.283 para 148.106, correspondendo a uma taxa de crescimento de 28,5 por cento, com as praticantes nos escalões femininos a passarem de 3.344 para 6.160.

Neste período, o aumento do número das praticantes de futebol correspondeu a uma taxa de crescimento de 84 por cento.

Contudo, o crescimento de 2.816 praticantes nos escalões femininos foi inferior ao verificado noutros desportos coletivos, cujas taxas de crescimento foram mais elevadas. O andebol inscreveu mais 8.799 praticantes (136 por cento), o basquetebol mais 10.105 (150 por cento) e o voleibol mais 15.718 (249 por cento).

A desagregação do número de praticantes por escalão competitivo, feita pela APMD, comprova uma disparidade entre as raparigas (655) e os rapazes (92.417) nos escalões de formação de futebol, que determina a ínfima taxa de feminização de 0,7 por cento.

Nos escalões júnior e sénior, o número de mulheres é oito vezes superior (5.505) e a taxa de feminização de dez por cento é devida, sobretudo, à diminuição do número de homens para cerca de metade (49.529).

Comparativamente com outros desportos coletivos, verifica-se no futebol uma grande disparidade entre o número de homens e mulheres praticantes, ao contrário do voleibol, modalidade em que o setor feminino representa 51,9 por cento, do hóquei (41,1 por cento), do basquetebol (40,2 por cento) e do andebol (38,4 por cento).

Ainda assim, de acordo com os dados do IDP, quando se juntam os escalões júnior e sénior, o futebol sobressai como o desporto coletivo de preferência das mulheres, cujo valor excede a soma do número de praticantes dos três desportos coletivos com o maior número de praticantes femininas: o andebol, com 832, o basquetebol com 3.112 e o voleibol com 1.522.

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