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Ministério Público considera provadas agressões a seguranças na Luz

O Ministério Público considerou provadas as agressões, a soco e pontapé, de cinco futebolistas internacionais do FC Porto, dois deles já punidos pela justiça desportiva, a dois seguranças do estádio da Luz, após um encontro com o Benfica.

Ministério Público considera provadas agressões a seguranças na Luz
Futebol 365

De acordo com a acusação, a que a agência Lusa teve acesso, Helton, Fucile, Hulk e Cristian Rodriguez são acusados de um crime de ofensa à integridade física simples, enquanto Cristian Sapunaru é acusado de dois.

O romeno Sapunaru e os brasileiros Helton e Hulk atingiram com socos e pontapés no tronco, no abdómen e na virilha o Assistente de Recinto Desportivo (ARD) Sandro Correia no túnel de acesso ao relvado.

Segundo a acusação, o segurança – funcionário da empresa Prosegur - sofreu várias lesões, “designadamente traumatismo da face e membro inferior direito e ferida frontal irregular”, que lhe causaram “incapacidade para o trabalho profissional por um período de nove dias”.

Cristian Rodriguez e Jorge Fucile são acusados de terem atingido o segurança Ricardo Silva, da mesma empresa, “com socos e pontapés nos membros inferiores, região lombar, pescoço e cabeça”.

A acusação refere que Ricardo Silva tentava “suster o avanço dos jogadores do FC Porto”, tendo sido impedido “pelo jogador Bruno Alves e, de imediato, rodeado pelos arguidos Cristian Rodriguez e Jorge Fucile”.

Depois de agredir Sandro Correia, Sapunaru juntou-se a Rodriguez e a Fucile nas agressões a Ricardo Silva, que pontapeou e socou quando este se encontrava agarrado pelos seus dois companheiros de equipa uruguaios.

A acusação sustenta que os jogadores “agiram deliberada, livre e conscientemente, querendo e conseguindo com a sua atuação, individual e complementar entre si, molestar fisicamente os ofendidos, ainda que soubessem ser o seu descrito procedimento proibido e punível''.

Os jogadores incorrem numa pena de prisão até três anos, prevista no artigo 143.º, n.º1 do Código Penal, mas a acusação considera que a pena aplicável a Sapunaru – acusado de dois crimes - não deverá ser superior a cinco anos, porque não possui antecedentes criminais e a sua conduta “não produziu consequências especialmente graves nos ofendidos”.

Os factos remontam ao jogo da 14.ª jornada da temporada de 2009/2010 da Liga, que terminou com vitória do Benfica por 1-0, seguindo-se os incidentes no túnel de acesso aos balneários.

A Comissão Disciplinar (CD) da Liga suspendeu o avançado brasileiro Hulk por quatro meses e o defesa romeno Sapunaru por seis meses, tendo arquivado um processo movido ao guarda-redes brasileiro Helton.

Em 24 de março de 2010, o Conselho de Justiça (CJ) da Federação Portuguesa de Futebol (FPF),parao qual os jogadores recorreram, alterou os castigos da Liga a Hulk e Sapunaru, reduzindo as penas para três e quatro jogos, respetivamente.

O caso segue agora para julgamento, a menos que alguma das partes solicite a instrução do processo.

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