Doping: AMA retira recurso no TAS contra cinco mexicanos

Em comunicado, a AMA justificou a decisão com as ''informações e provas recolhidas principalmente pela FIFA e pela Federação Mexicana de Futebol e o Governo do México''.

A AMA disse ter analisado um estudo da FIFA, elaborado no Mundial de sub-17 no México, que indicava a existência de um problema de saúde naquele país, por causa da presença de carne contaminada com clembuterol, uma substância broncodilatadora.

A FIFA esclarecia que o problema foi e está a ser alvo de abordagem urgente por parte do Governo mexicano.

“O Governo do México, que tem uma legislação que proíbe o uso de esteroides nos bovinos, assume que tem um problema com carne contaminada e, ativamente, está a procurar resolver o caso”, refere a nota da AMA.

Christian Bermúdez, do FC Atlante (México), Edgar Dueñas e Antonio Naelson, ambos do Toluca (também da Liga mexicana), Guillermo Ochoa, do Ajaccio (França) e Francisco Javier Rodríguez, do Estugarda (Alemanha), foram suspensos durante a Gold Cup, em junho passado.

Os jogadores insistiram que os exames positivos resultaram da carne contaminada, ingerida numa concentração antes do torneio, prova que o México acabou por ganhar sem o contributo daqueles jogadores.

Esta é a segunda vez neste ano que a AMA desistiu de um apelo para o TAS, depois do caso relacionado com o alemão Dimitrij Ovtcharov, atleta de ténis de mesa.

Outro caso de clembuterol é o do ciclista espanhol Alberto Contador, que aguarda decisão do TAS após recurso da AMA e da União Ciclista Internacional pelo facto de a federação espanhol ter ilibado tricampeão da Volta a França, que alega ter ingeriu um bife contaminado durante o Tour em 2010.

O ciclista inicia a 21 de novembro uma audição de quatro dias no TAS, para apresentar argumentos de defesa.