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FC Porto: Vítor Pereira recusa comentar acusação do Ministério Público

O treinador Vítor Pereira recusou-se hoje a comentar a decisão do Ministério Público (MP) de deduzir acusações contra cinco futebolistas do FC Porto por incidentes no túnel do Estádio da Luz, realçando que as vitórias “portistas” geram ''algum incómodo''.

FC Porto: Vítor Pereira recusa comentar acusação do Ministério Público
Futebol 365

''Nós sabemos que o que ganhámos o ano passado, aliás o que temos vindo a ganhar, causa algum incómodo. Temos consciência disso'', disse o treinador dos “dragões”, evitando alongar-se sobre a situação.

Vítor Pereira recordou que é apenas treinador do FC Porto e que a sua área é a do treino, remetendo mais comentários para o departamento jurídico do clube.

Questionado sobre se os jogadores envolvidos no caso do túnel - Helton, Fucile, Hulk e Cristian Rodriguez e Cristian Sapunaru - estariam afetados pela decisão do MP, o técnico garantiu que não.

''Os jogadores de que se fala são experientes, fazem parte de uma grande estrutura e sabem dar resposta a estas situações'', concluiu.

O MP considerou provadas as agressões, a soco e pontapé, de cinco futebolistas internacionais do FC Porto, dois deles já punidos pela justiça desportiva, a dois seguranças do Estádio da Luz, após um encontro com o Benfica.

De acordo com a acusação, a que a agência Lusa teve acesso, Helton, Fucile, Hulk e Cristian Rodriguez são acusados de um crime de ofensa à integridade física simples, enquanto Cristian Sapunaru é acusado de dois.

O romeno Sapunaru e os brasileiros Helton e Hulk atingiram com socos e pontapés no tronco, no abdómen e na virilha o Assistente de Recinto Desportivo (ARD) Sandro Correia no túnel de acesso ao relvado.

Segundo a acusação, o segurança - funcionário da empresa Prosegur - sofreu várias lesões, ''designadamente traumatismo da face e membro inferior direito e ferida frontal irregular'', que lhe causaram ''incapacidade para o trabalho profissional por um período de nove dias''.

Cristian Rodriguez e Fucile são acusados de terem atingido o segurança Ricardo Silva, da mesma empresa, ''com socos e pontapés nos membros inferiores, região lombar, pescoço e cabeça''.

A acusação refere que Ricardo Silva tentava ''suster o avanço dos jogadores do FC Porto'', tendo sido impedido ''pelo jogador Bruno Alves e, de imediato, rodeado pelos arguidos Cristian Rodriguez e Jorge Fucile''.

Depois de agredir Sandro Correia, Sapunaru juntou-se a Rodriguez e a Fucile nas agressões a Ricardo Silva, que pontapeou e socou quando este se encontrava agarrado pelos seus dois companheiros de equipa uruguaios.

A acusação sustenta que os jogadores ''agiram deliberada, livre e conscientemente, querendo e conseguindo com a sua atuação, individual e complementar entre si, molestar fisicamente os ofendidos, ainda que soubessem ser o seu descrito procedimento proibido e punível''.

Os jogadores incorrem numa pena de prisão até três anos, prevista no artigo 143.º, n.º1 do Código Penal, mas a acusação considera que a pena aplicável a Sapunaru - acusado de dois crimes - não deverá ser superior a cinco anos, porque não possui antecedentes criminais e a sua conduta ''não produziu consequências especialmente graves nos ofendidos''.

Os factos remontam ao jogo da 14.ª jornada da temporada de 2009/2010 da Liga, que terminou com vitória do Benfica por 1-0, seguindo-se os incidentes no túnel de acesso aos balneários.

Uma fonte próxima da defesa dos futebolistas disse à Lusa que estes vão requerer a requerer a abertura da instrução do processo.

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