Declarações dos treinadores do FC Porto e do Nacional da Madeira, Vítor Pereira e Ivo Vieira, após a vitória do FC Porto sobre o Nacional (5-0), em jogo da oitava jornada da Liga portuguesa de futebol.
Vítor Pereira (Treinador do FC Porto):
''Uma exibição conseguida, à Porto! Debaixo de muita chuva, mas com qualidade, consistência, com comportamentos que me agradaram.
Este jogo serviu fundamentalmente para percebermos que os jogadores estão todos em pé de igualdade, no que são os planos da equipa. Quando têm oportunidades, dão respostas como vimos hoje aqui. Vários jogadores que ainda não tinham tido oportunidade e que hoje provaram que o plantel do FC Porto é constituído por jogadores de muita qualidade. Saio daqui satisfeito pela sua resposta.
Para este jogo, apostámos nos jogadores que nos pareceram, pela gestão física e emocional que temos de fazer, os que neste momento estariam em condições de dar melhor resposta. Acreditando que outros que não jogaram, teriam dado boa resposta na mesma. Satisfeitos com rendimento dos que jogaram e entraram durante o jogo.
[Ter o melhor ataque da Liga] não tem significado nenhum. Gostamos de jogar bom futebol, fazer golos, ter bola, construir oportunidades de golo. Hoje marcámos cinco. Noutros jogos construímos oportunidades, mas não marcamos. Fomos felizes.
Ser a equipa com mais golos apenas nos diz que é sequência do que são as nossas ideias de jogo. Trabalhamos muito para um jogo de posse, de golos, de espetáculo. Dedico esta vitória e golos aos adeptos que bem merecem esta qualidade de jogo. Ainda hoje, à chuva, apoiaram-nos sempre. É uma massa associativa exigente, mas dá gosto quando conseguimos corresponder”.
Ivo Vieira (Treinador do Nacional):
“Nós, os treinadores, tentamos sempre os melhores esquemas. Umas vezes surtem efeito, outras não. O resultado é pesadíssimo. Ninguém no Nacional está satisfeito.
A verdade é que o Nacional teve momentos agradáveis no jogo. Algum receio por vezes em ter a bola. Uma situação que promovo na íntegra e ao máximo, mesmo não ganhando, é tentar jogar bem. É importantíssimo para o espetáculo. Mas isso não aconteceu.
Estamos numa fase que toda a bola que ronda a nossa baliza praticamente acaba em golo e quando é assim, é difícil.
No campeonato ainda não conseguimos marcar fora. Não se pode justificar o injustificável. Uma oportunidade ou duas do Mateus e Rondon flagrantes de golo e não conseguimos concretizar. Falta-nos esse momento. A equipa tem sofrido com isso, mas não foi por isso que perdemos.
Eu sou o responsável por esta pesada derrota. Todos estamos abalados, sentimos na pele o que se passou hoje. Temos uma semana para tentar fazer com que os jogadores se libertem psicologicamente e somar três pontos com o Beira-Mar.
Acima de tudo tenho consciência do que acontece. Sou uma pessoa frontal. Sinto proteção e confiança das pessoas que lideram o Nacional. Conhecem a minha forma de ser e estar. E maneira de trabalhar. Há incómodo da minha parte, principalmente, por causa dos resultados. É mau demais ter este resultado.
Temos de inverter esta situação e somar pontos.
Os efeitos nunca são positivos. Como líder tenho de transformá-los a favor do rendimento da equipa”.
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