O ex-secretário-geral da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) António Sequeira justificou hoje o seu abandono da corrida para as eleições federativas de 10 de dezembro com a recusa de aceitar apoios que lhe limitassem a independência.
“Recusando-me a aceitar apoios que impliquem quaisquer compromissos que possam limitar a minha independência como candidato e negando-me a satisfazer outros interesses que não os do futebol, decidi não entregar o processo de candidatura à presidência da FPF”, afirmou António Sequeira, em comunicado enviado à agência Lusa.
O primeiro candidato anunciado, que acabou por não formalizar a entrega de listas dentro do prazo que hoje terminava, lamenta, na mesma missiva, que “a atenção da muitos dos delegados da Federação, enquadrados pelas diferentes Associações, ao invés de analisar as propostas apresentadas e as intenções enunciadas pelos candidatos, preferiu dirigir-se para a escolha de personalidades que representassem outros interesses”.
“Em todo este percurso preservei firmemente os princípios da independência e isenção anunciados no manifesto eleitoral então difundido”, frisou Sequeira, garantindo que encabeçava uma “candidatura credível, competente e respeitadora do espírito da Lei do regime jurídico das federações desportivas”.
De acordo com o ex-secretário-geral da FPF, a equipa que o acompanhava “foi escolhida de acordo com critérios de competência, seriedade e rigor, tendo produzido um trabalho válido, que foi, também ele, amplamente divulgado”.
Agradecendo os apoios recolhidos, na “candidatura cujo único objetivo era servir o futebol”, conclui com “votos sinceros para que o futebol português encontre o caminho da transparência e do progresso de que tanto necessita” e deseja “a maior das sortes” ao candidato vencedor.
O presidente da Câmara Municipal de Tondela, Carlos Marta, e o presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional, Fernando Gomes, foram os únicos candidatos à presidência federativa a entregar formalmente as suas listas, na sede do organismo, em Lisboa.