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Football Talks: Villarreal receita formação para garantir sustentabilidade

O diretor-geral do espanhol Villarreal “receitou” hoje a formação como uma das soluções para um crescimento sustentado de um clube de futebol, especificamente numa pequena cidade e competindo com “gigantes” como Real Madrid ou FC Barcelona.

Football Talks: Villarreal receita formação para garantir sustentabilidade
Futebol 365

“Somos de uma cidade pequena, mas não achamos que se trate de um milagre. Foi muito trabalho e uma ideia clara, uma estrutura pequena e eficaz. Quando chegámos não tínhamos academia. Tivemos de investir em futebolistas e em instalações”, afirmou Fernando Roig Negueroles, num congresso sobre futebol, organizado pela Liga de clubes portuguesa, em Cascais.

O dirigente, filho do empresário valenciano Fernando Roig, que ocupa a presidência e é acionista maioritário do “Submarino Amarelo”, apresentou o caso de sucesso do emblema valenciano, cujo orçamento cresceu dos 2,915 milhões de euros, na primeira época em que ascendeu à I divisão espanhola (1997) até aos atuais 74,135 milhões de euros.

“De início, tivemos de arriscar. Num espaço de cinco a seis anos, o orçamento foi superior em 10 por cento às receitas ordinárias, mas a ser compensado pelas transferências de jogadores e as verbas oriundas da participação em competições europeias”, continuou, embora frisando tratar-se de um erro.

Uma política contínua de despesas acima das receitas vai, “inevitavelmente, ter mau resultado”, segundo Roig Negueroles, que citou o caso do Deportivo da Corunha, “campeão espanhol há não muito tempo e agora mergulhado no escalão secundário”.

O Villarreal voltou a descer à II divisão espanhola no ano seguinte à primeira promoção, mas voltou ao escalão máximo em 2000/01 e de lá não mais “caiu”, tendo inclusivamente conseguido o apuramento consecutivo para a maior competição continental, a Liga dos Campeões, depois de experiências bem sucedidas na Taça Intertoto e na Taça UEFA/Liga Europa.

“Já estamos a cortar nos últimos dois anos, devido à crise económica. Antes, vendíamos um jogador por 10 milhões de euros. A outra equipa pagava em três anos, mas podíamos ir o banco para nos emprestarem esse dinheiro. Agora, já não é possível. A solução vai ser diminuir o orçamento. Vamos ter menos sete ou oito por cento e vender mais do que comprar, investir no futebol de base, em jogadores jovens e gerar novos recursos e ampliar o negócio para mercados emergentes como o asiático ou o árabe”, disse.

O responsável do Villarreal adiantou ainda que na época passada o orçamento foi reduzido em 20 milhões de euros com a promoção à equipa principal de 10 jovens atletas, mantendo-se o desempenho desportivo: quarto lugar na Liga espanhola e meias-finais da Liga Europa, eliminado pelo “exemplo, FC Porto”.

“O FC Porto está a transferir jogadores continuamente. Eles conseguem vender bem, a bom preço, e todos os anos, sem quebrar o rendimento. Não sei se isso está sempre previsto nos orçamentos ou não. A Udinese é outro caso a estudar”, referiu.

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