O presidente da Federação Internacional de Futebol (FIFA), Joseph Blatter, disse que lamenta se ofendeu alguém com os seus comentários a propósito do racismo, mas que não se demite da presidência da FIFA.
Hoje, em entrevista à BBC, em Zurique, Blatter disse estar “profundamente arrependido” de ter usado “palavras inadequadas” em relação ao racismo, num comentário que fez durante a semana.
Na ocasião, o presidente da FIFA sugeriu que os abusos raciais entre jogadores, dentro de campo, se deviam resolver com um aperto de mão e um pedido de desculpa no final, causando uma corrente de reações adversas.
“Quando fazemos algo que não é totalmente correto, só podemos pedir desculpa. Peço desculpas a todas as pessoas que foram afetadas pelas minhas declarações”, disse o dirigente.
O presidente da FIFA teve que encarar uma onda de protestos, e sugestões para que se demitisse, nomeadamente da parte do primeiro-ministro inglês, David Cameron.
“Este não é um momento para complacências”, disse o chefe do governo inglês, para quem as declarações de Joseph Blatter “sugerem que o racismo deve ser aceite como parte do jogo”.