O Benfica soube hoje resistir a um golo irregular e à lesão do “capitão” Luisão e garantir um lugar nos “oitavos” da Liga dos Campeões em futebol, com um inédito empate em Old Trafford (2-2).
Frente ao “todo poderoso” Manchester United, campeão inglês e vice-campeão europeu em título, os “encarnados” conseguiram segurar a invencibilidade que ostentam em 2011/2012 e o resultado de que precisavam: agora, só dependem de si próprios para garantir o triunfo no Grupo C.
O “onze” de Jorge Jesus adiantou-se logo aos três minutos, com um golo na própria baliza de Phil Jones, mas o United, com Nani sempre em foco, logrou dar a volta, com tentos de Barbatov (30 minutos), em fora de jogo, e Fletcher (59), instantes depois de Miguel Vítor entrar a substituir Luisão.
Apenas dois minutos volvidos, e depois de um erro de De Gea, o argentino Pablo Aimar logrou, no entanto restabelecer a igualdade, que o Benfica conseguiu, depois, segurar até final e vale, na verdade, bem mais do que um ponto.
A equipa da Luz entrou em “4-2-3-1”, com Maxi Pereira, Luisão, Garay e Emerson, à frente de Artur, dois médios defensivos (Javi Garcia e Witsel) e um trio (Gaitan, na direita, Aimar, ao meio, e Bruno César, na esquerda) no apoio ao ponta-de-lança Rodrigo.
Frente a um United com Nani, mas sem Rooney, Anderson ou Vidic, os “encarnados” entraram, praticamente, a ganhar, já que, logo aos três minutos, Phil Jones marcou na própria baliza, depois de um centro na direita de Gaitan.
O Benfica ganhou, naturalmente, tranquilidade, e voltou a assustar pouco depois, por Bruno César, enquanto os ingleses mostravam-se incapazes de criar perigo, limitando-se a dois tímidos remates, de Nani e Ashley Young.
Aos 30 minutos, o United conseguiu, porém, chegar à igualdade, com Nani a centrar da esquerda e Berbatov a marcar de cabeça, mas em posição de fora de jogo, não assinalada por um dos “auxiliares” do árbitro turco.
Logo após o golo do empate, viveu-se um minuto frenético, com Artur a negar com os pés o golo a Ashley Young, isolado por Berbatov, e, na resposta, De Gea, com mais facilidade, a parar um remate de Aimar.
Até ao intervalo, imperou o equilíbrio, merecendo destaque apenas uma jogada em que Berbatov ganhou espaço à entrada da área, mas viu o remate intercetado por Garay, um dos “amarelados” da primeira parte, como Fletcher e Artur.
Gaitan fez o primeiro remate da segunda parte, mas foi o United que entrou mais forte, conseguindo empurrar o Benfica para junto da sua baliza, até marcar, aos 59 minutos, por Fletcher, servido na perfeição por Evra, instantes depois de Miguel Vítor entrar para o lugar do lesionado Luisão.
A vantagem dos ingleses foi, porém, muito curta, já que, aos 61 minutos, o Benfica voltou a marcar: De Gea aliviou mal, Bruno César intercetou a bola, entrou na área e centrou, com Ferdinand a aliviar mal e Aimar a marcar na recarga.
O encontro voltou a equilibrar, mas, com o aproximar do final, o Manchester United, ao qual não interessava o resultado, começou a pressionar mais e, aos 78 minutos, Berbatov falhou escandalosamente o “bis”.
Nos últimos instantes, o Benfica recuou para perto da sua área, mas, curiosamente, teve as melhores ocasiões para chegar ao terceiro, em duas iniciativas de Rodrigo, ambas finalizadas com remates ao lado, aos 82 e 89 minutos.