Espanha: «Equipa está triste mas tranquila», José Mourinho

“Tinha dito antes do jogo que estamos muito equilibrados emocionalmente e que também não seria nem uma vitória, que nos deixaria a seis pontos, nem uma derrota que nos iria desequilibrar'', disse o treinador português depois da derrota no Santiago Bernabeu, em Madrid.

''Obviamente, ganhas estás feliz, perdes não estás feliz. Estamos equilibrados e sabemos que estamos com os mesmos pontos, temos menos um jogo. Se não perdemos esse jogo, chegaremos às mini-férias de Natal em primeiro e essa é a realidade'', afirmou.

O técnico português disse que uma entrada de Lionel Messi no final da primeira parte lhe pareceu motivo para cartão amarelo e, consequentemente, para expulsão do argentino, por acumulação de advertências.

Ainda assim admitiu que o árbitro pode ter ''visto melhor'', afirmando que vai esperar para ver as repetições na televisão.

José Mourinho falava na sala de imprensa depois de a sua equipa, apesar de ter marcado um golo logo no primeiro minuto, não ter conseguido ultrapassar o principal adversário na Liga espanhola, o FC Barcelona.

Questionado sobre do que menos tinha gostado na sua equipa, Mourinho disse que não gostou do primeiro golo do FC Barcelona, que considerou ''igual a outros'' que o Real sofreu, no passado, contra os catalães.

''Não gosto que um jogador meu tenha uma bola divida no meio campo, a 50-50. Fazer que mete o pé e depois tirar o pé, desenvolvendo-se depois uma jogada típica porque temos medo de um 50-50'', afirmou.

''Os jogadores têm algumas razões para ter medo. A história dos outros jogos em jogada dividida, com este adversário, acaba com cartão. Mas não fizemos isso, tivemos uma situação de contra-ataque. E um jogo que estávamos a ganhar foi condicionado por isso'', disse.

Mourinho referiu-se ainda ao papel da sorte, tanto no segundo golo do FC Barcelona como no facto de algumas das oportunidades do Real Madrid não se terem concretizado, incluindo um falhanço de Cristiano Ronaldo, ainda na primeira parte, à frente da baliza de Victor Valdez.

''Foi uma primeira parte super equilibrada. Uma segunda parte onde há um segundo golo de pura sorte (do FC Barcelona). Tivemos oportunidades para marcar. Mas depois eles tiveram a supremacia psicológica de estar a ganhar, de poder finalmente trocar a bola como tanto gostam'', afirmou.

''Fizeram o 1-3 de forma normal, em consequência de estarem finalmente tranquilos no jogo'', disse, afirmando que, ''sem querer tirar mérito a quem ganhou, a sorte fez um pouco a diferença''.