O FC Porto venceu hoje o Marítimo, por 2-0, no Dragão, e segurou a liderança da Liga portuguesa de futebol, em igualdade pontual com o Benfica, mas esperou 80 minutos para chegar ao golo perante um adversário reduzido a 10.
Com o mesmo ''onze'' que venceu o Beira-Mar, em Aveiro, o FC Porto respondeu da melhor forma à pressão dos três pontos de desvantagem para o Benfica, que na sexta-feira goleou o Rio Ave, por 5-1, e desde o primeiro minuto chamou a si o controlo do jogo.
Frente a uma equipa insular desfalcada do seu habitual meio campo, devido às ausências de Rafael Miranda, Roberto Sousa e Olberdam, por castigo, o FC Porto entrou decidido a resolver cedo o encontro e chegar ao Natal na condição de líder, mas só perto do final atingiu o objetivo, com um golo de Cristian Rodriguez (80) e um autogolo de Briguel (83).
Com o Estádio do Dragão em ambiente festivo, com o público presente a envergar um barrete natalício azul e branco, a primeira situação de perigo foi criada por Belluschi, aos 12 minutos, através de um remate defendido em dificuldade por Peçanha.
A pressão do FC Porto continuava a ''espartilhar'' a praticamente inofensiva formação do Marítimo e aos 19 minutos foi a vez de Otamendi chegar ligeiramente atrasado a um cruzamento de James Rodriguez.
Aos 25 minutos, o perigo voltou a rondar uma vez mais a baliza defendida pelo guarda-redes Peçanha, desta vez com James Rodriguez, lançado por Belluschi, a errar o alvo para desespero dos adeptos portistas.
Com o Marítimo ''encostado às cordas'' e sem argumentos para ripostar, o argentino Belluschi, aos 35 minutos, dispôs de uma ocasião flagrante para chegar ao golo, mas, isolado frente a Peçanha, permitiu a intervenção do brasileiro.
Ainda antes do intervalo, e num período de jogo algo quezilento, que levou o árbitro Duarte Gomes a distribuir cartões, o Marítimo ficou reduzido a 10 unidades por expulsão de Roberge, por acumulação de amarelos.
Na segunda parte, com Kleber no lugar de James Rodriguez, e tentando explorar a vantagem numérica, o FC Porto entrou determinado e procurou o golo através de remates de Djalma e Belluschi, logo aos 47 e 48 minutos, respetivamente.
O argentino Belluschi voltou a estar em evidência aos 56 minutos, num lance resolvido uma vez mais por Peçanha, e aos 58 foi a vez de Kléber tentar desviar de calcanhar para a baliza, mas sem sucesso.
O treinador Vítor Pereira abdicou de um defesa, Maicon, por troca com Cristian Rodriguez, para a última meia hora, e o uruguaio colocou logo aos 61 minutos à prova os reflexos de Peçanha.
O Marítimo, aos 65 minutos, na sequência de um contra-ataque rápido, falhou na zona da concretização por Baba, para Belluschi e Hulk, aos 65 minutos, voltarem a ver o golo negado pelo guarda-redes do Marítimo.
Aos 78 minutos, Peçanha voltou a negar o golo ao FC Porto com uma defesa a um cabeceamento de Kleber, e na jogada seguinte foi a vez do insular Danilo Dias fazer a bola tocar o ferro da baliza defendida por Helton.
O já aguardado golo do FC Porto acabou por surgir aos 80 minutos por Cristian Rodriguez, que assim se redimiu das polémicas vindas esta semana a público, relacionadas com uma discussão com Vítor Pereira.
Quebrada a resistência do Marítimo e em especial do seu guarda-redes, Peçanha, o FC Porto elevou a vantagem aos 83 minutos através de um autogolo de Briguel, após tentativa de desvio de Otamendi.