A Académica registou um saldo positivo de 43 mil euros no exercício económico de 2010/2011, de acordo com o relatório e contas aprovado, por maioria, na terça-feira, em Assembleia-Geral.
No exercício económico compreendido entre 01 de julho de 2010 e 30 de junho de 2011, a ''Briosa'' arrecadou de receitas 5,55 milhões de euros.
Numa análise ao documento, o vice-presidente da direção Manuel Salvador Arnaut salientou que o principal objetivo do clube passou pela ''contenção de despesas e rentabilização máxima dos proveitos'', que permitiu reduzir em cerca de 100 mil euros o passivo, cujo valor atinge os 10,8 milhões de euros.
O dirigente referiu ainda que a Académica mantém em dia a situação fiscal e os pagamentos à Segurança Social.
Por seu lado, o presidente da direção, José Eduardo Simões, alertou para as dificuldades ''que crescem de dia para dia'' e para a ''incerteza do futuro'', nomeadamente quanto à saída e entrada de novos jogadores.
O líder da ''Briosa'' salientou que o aumento do IVA de seis para 23 por cento na atividade desportiva vai originar mais despesas com transportes, estágios, refeições, enquanto as receitas vão baixar.
No entanto, José Eduardo Simões mostrou-se preparado para ''o pior'', garantindo, no entanto, que o futebol sénior e a formação ''serão sempre a prioridade do clube'', que está há 10 anos consecutivos na Liga principal.
O dirigente sublinhou que, apesar de possuir um dos cinco orçamentos mais baixos da Liga e não pagar mais de 80 mil euros por ano a nenhum jogador, o futebol da Académica é um dos melhores que se pratica em Portugal, deixando elogios ao técnico Pedro Emanuel.
''Ele está a deixar o seu cunho pessoal à equipa e é consensual que o nosso futebol é dos melhores em Portugal'', destacou o dirigente, que pediu o apoio dos sócios para o confronto de hoje com o Desportivo das Aves, em jogo dos quartos de final da Taça de Portugal.