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Vela: «Wild Oats» de novo favorito na «Regata do Inferno» em Sydney

O maxi australiano “Wild Oats”, comandado por Mark Richards, parte novamente como favorito à vitória na 67.ª edição da regata Sydney-Hobart, depois de em 2010 ter conseguido o sexto triunfo em sete participações na clássica prova australiana de vela.

Vela: «Wild Oats» de novo favorito na «Regata do Inferno» em Sydney

O “Wild Oats”, detentor de um recorde de vitórias praticamente inigualável tendo em conta os anos de participação, lidera a frota de 88 embarcações de oito países que se faz ao mar na segunda-feira, numa prova em que participam 1.008 velejadores, 77 dos quais mulheres.

Três dos veleiros da Sydney-Hobart, conhecida como “Hell Regatta” (Regata do Inferno), vão mesmo ser comandados por mulheres, enquanto outras nove velejadoras vão ser responsáveis pela navegação nas respetivas tripulações.

A regata disputa-se num percurso com 628 milhas náuticas (1.164 quilómetros) entre o porto de Sydney, na costa oriental da Austrália, e Hobart, a capital da ilha da Tasmânia, situada 240 quilómetros a Sul do continente, do qual está separada pelo Estreito de Bass.

A dureza da regata ficou evidente em 1998, quando a prova roubou a vida a seis velejadores, numa edição caótica em que nove embarcações naufragaram e outras 40 abandonaram a prova no Estreito de Bass, não resistindo a ventos de até 80 nós (150 km/h) e vagas de mais de 15 metros.

O Estreito de Bass é considerado uma das zonas de navegação mais perigosas do Mundo, por a relação entre águas relativamente pouco profundas e ventos muito fortes criar com frequência condições de extrema dificuldade para os veleiros.

O “Wild Oats XI”, propriedade do magnata australiano do vinho Bob Oatley, venceu cinco edições, com um recorde de quatro triunfos consecutivos (2005 a 2008), e foi o veleiro mais rápido de sempre na prova, que em 2005 concluiu em um dia, 18 horas, 40 minutos e dez segundos.

Oatley pretende igualar o recorde absoluto de vitórias da Sydney-Hobart, que foi estabelecido em 1960, quando também australiano “Morna-Kurrewa IV”, de Claude Plowman, conseguiu o seu sétimo triunfo.

Os seus principais adversários serão, de novo, o “Investec Loyal”, um 100 pés (30,5 metros) de Sean Langman, e os maxis de 98 pés (29,90 metros) “Lahana”, de Peter Millard, e “Wild Thing”, de Grant Wharington, vencedor em 2003.

Embora com dimensões menores, também são apontados como favoritos o “Loki”, um RP63 de Stephen Ainsworth, o “Ichi Ban”, um classe VO70 de Matt Allen, e o “Ragamuffin”, um TP52 de Syd Fisher, um veterano de 84 anos que disputa a Sydney-Hobart pela 44.ª vez.

Um dos destaques da edição deste ano é a participação da australiana Jessica Watson, de 18 anos, que em 15 de maio de 2010, a três dias de completar 17 anos, se tornou a pessoa mais jovem a completar uma volta ao Mundo em solitário e sem assistência.

A Sydney-Hobart não distribui prémios monetários, sendo os vencedores recompensados com a gravação do seu nome na célebre Tattersall Cup, também conhecida como Taça George Adams, um troféu trabalhado em prata de lei com nove quilos e 62,5 centímetros.

O troféu, criado em 1946, não é entregue aos vencedores da regata, ficando em exibição permanente no Cruising Yacht Club (Clube de Iates de Cruzeiro) da Austrália, em Sydney.

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