O treinador catalão Pep Guardiola vai suceder ao português José Mourinho e conquistar segunda-feira o prémio de treinador do ano da FIFA, depois de mais um ano mágico ao comando do FC Barcelona.
Em 2011, Guardiola não tem, simplesmente, rival, depois de ter levado o “Barça” à conquista de cinco títulos (Liga dos Campeões, Liga espanhola, Mundial de clubes, Supertaça Europeia e Supertaça espanhola), aumentando o seu reportório para 13... em 16 competições disputadas.
Desde que chegou ao comando da formação principal do FC Barcelona, vindo da equipa B, o jovem técnico só falhou o triunfo na Liga dos Campeões de 2009/2010 e nas duas últimas edições da Taça do Rei.
Na presente temporada, o “onze” catalão já venceu o Mundial de clubes, a Supertaça Europeia e a Supertaça espanhola, está nos “oitavos” da “Champions”, bem encaminhado para os “quartos” da Taça do Rei e em segundo na Liga espanhola, a apenas três pontos do Real Madrid.
As sucessivas conquistas demonstram o extraordinário trabalho de Guardiola, mas não mostram tudo, o domínio intenso que o “Barça” exibe jogo após jogo, semana após semana, sobre qualquer adversário.
O segredo está na circulação e posse de bola e, sem esta, na capacidade de a recuperar imediatamente, com uma pressão muito alta, que faz com que o esférico esteja quase sempre nos pés dos seus jogadores e no meio-campo contrário.
O FC Barcelona não é uma formação invencível, mas, volvidos mais de três anos e meio, ainda nenhum treinador ou equipa arranjou antídoto para contrariar o seu futebol.
As derrotas acontecem, mas não são mais do que momentos raros, que fazem com que, e cada vez mais, se comece a falar deste “Barça” como a melhor equipa da história, acima, entre outros, do Brasil de 1970 ou do AC Milan dos anos 80.
A discussão, que nunca acabará, promete continuar ao ritmo dos triunfos do conjunto de Guardiola, que esta época, não satisfeito com o domínio que a sua equipa vinha exercendo, ainda a colocou à prova, com uma defesa a três.
Em muitos jogos esta temporada, o FC Barcelona apresentou-se em “3-4-3”, ou, como disse o treinador do Santos, em “3-7”, imagem que ilustra uma equipa com um meio-campo muito povoado e a inexistência de um ponta-de-lança fixo.
Com este esquema ou o habitual “4-3-3”, os catalães continuam a dominar, quase sempre por asfixia, e Pep Guardiola tem muito a ver com isso, apesar da presença de ímpares executantes, como Messi, Xavi, Iniesta ou Cesc.
O português José Mourinho (Real Madrid) e o escocês Alex Ferguson (Manchester United) também são candidatos, mas, claramente batidos nos duelos com o “Barça” e Guardiola, não têm qualquer hipótese de vencer em 2011 um prémio que o catalão justifica plenamente.