O advogado António Pragal Colaço criticou hoje a morosidade do Tribunal da Relação em decidir recurso do processo do agente FIFA Salem Jawad, que reclama do treinador Carlos Queiroz pagamento de comissão, num valor superior a 50.000 euros.
Pragal Colaço, mandatado pelo empresário Salem Jawad, interpôs o recurso no início de 2009 e estranha que “ainda não tenha sido produzida qualquer sentença”.
“Por causa da morosidade, Salem Jawad decidiu colocar a ação num escritório ligado a um partido político, com a finalidade de desbloquear o recurso na Relação”, disse Pragal Colaço.
O advogado afirmou que o recurso já devia ter sido decidido, assinalando que Carlos Queiroz prestou a caução, no valor de 100.000 euros.
Carlos Queiroz assinou um compromisso de dois anos para exercer as funções de selecionador dos Emirados Árabes Unidos, tendo estabelecido com Salem Jawad o pagamento de uma comissão de 10 por cento sobre o valor anual dos salários, 450.000 dólares para o primeiro ano e 652-550 para o segundo.
Em meados de agosto de 1998, o treinador português entregou ao empresário de origem iraquiana a quantia de 45.000 dólares relativa à comissão de 10 por cento respeitante ao primeiro ano de contrato.
Volvidos 13 meses após a assinatura do acordo, a Federação dos Emirados Árabes Unidos e Carlos Queiroz rescindiram o contrato, procedendo-se ao pagamento do acerto de contas.
Salem Jawad recorreu para o tribunal e, na sentença de 17 de novembro de 2008, Carlos Queiroz foi condenado a pagar ao empresário a comissão devida de 56.250 dólares, à qual acresce os juros vencidos e vincendos desde 07 de outubro de 1999 até integral pagamento.
Carlos Queiroz decidiu recorrer para a Relação.