O presidente da UEFA, Michel Platini, acordou hoje com o secretário-geral da Interpol, Ronald K. Noble, a criação de equipas para combater o crime contra futebolistas, árbitros e adeptos durante o Euro2012, a disputar na Polónia e na Ucrânia.
Estas equipas de apoio aos grandes eventos desportivos, designadas de IMESTs vão operar nos dois países anfitriões e fazer a ligação com todos os 190 países membros do sistema internacional de polícias, para facilitar o intercâmbio, em tempo real, de mensagens e informações policiais, como impressões digitais, dados de pessoas procuradas, viaturas e documentos de viagem roubados ou perdidos.
Além da preocupação com o Euro2012, UEFA e Interpol identificaram vários domínios de possível cooperação na luta contra crimes ligados ao futebol, como são os casos da manipulação de resultados e violência nos estádios.
Platini e Noble anunciaram a intenção de trabalhar num memorando de entendimento, a assinar no futuro próximo, para reforçar o intercâmbio de informações entre as duas organizações.
“Para a UEFA, a luta contra a viciação de resultados é uma das principais prioridades deste meu segundo mandato como presidente”, frisou Platini, acrescentando que este protocolo vai aproveitar o sistema de deteção de apostas fraudulentas do organismo europeu para “apertar a rede contra os envolvidos na viciação de resultados desportivos e apostas ilegais”.
O secretário-geral da Interpol reiterou o compromisso de tentar erradicar todos os crimes que afetam o futebol, em particular a manipulação de resultados, que, para Noble, é “uma questão mundial”.
“A Interpol está a posicionar-se para ajudar a UEFA, a FIFA e todos os profissionais do futebol a resolver de forma eficaz a nível global, mas, ao mesmo tempo, é importante não perder de vista outros tipos de crimes que podem afetar o desporto”, concluiu Noble.
Na terça-feira, a FIFA também anunciou um conjunto de medidas para combater os resultados combinados, incluindo cooperação com a Interpol e um programa de proteção de informadores.