A luta pela vitória em motos no rali de todo-o-terreno Dakar 2012 está cada vez mais intensa, depois do espanhol Marc Coma (KTM) recuperar terreno ao francês Cyril Despres (KTM) na décima etapa, reduzindo o atraso para 21 segundos.
O espanhol Joan Barreda (Husqvarna) ganhou a etapa, 377 quilómetros de especial entre Iquique e Arica, em 4:18.43 horas e logo atrás chegaram os dois principais “motards” da KTM, separados entre eles por dois minutos.
Coma chegou com mais 1.32 minutos que o vencedor e Despres com mais 3.39, confirmando que, este ano, a indefinição pelo vencedor pode mesmo chegar até às etapas no Peru.
Na geral, Despres lidera agora com o total de um dia e 09:07.39 horas, com Coma a 21 segundos, a diferença mais apertada desde que o rali se iniciou.
Os três portugueses mais bem classificados em prova - Hélder Rodrigues (Yamaha), Paulo Gonçalves (Husqvarna) e Ruben Faria (KTM) mantiveram hoje as classificações que tinham na véspera.
Rodrigues, vencedor na véspera, após a penalização na véspera de vários adversários, voltou a fazer uma excelente etapa, apenas batido por Barreda e as duas KTM que lutam pelo título. Chegou em quarto, a 5.16.
Reforçou o terceiro lugar na geral e voltou a ganhar tempo em relação ao “motard” que o segue, que continua a ser o espanhol Viladoms, que já está a cerca de 33 minutos.
Gonçalves está a andar um pouco menos bem que na primeira semana de prova e hoje foi 12.º, a 19.23 do vencedor. Perdeu tempo para os concorrentes que o antecedem e continua em sétimo da geral, a 1:41.41 horas de Despres.
De qualquer forma, aponta para a sua melhor classificação de sempre num Dakar, após o décimo lugar em 2009, ele que foi forçado a abandonar nas edições dos dois últimos anos.
Com as limitações inerentes a ser “mochileiro” do actual líder, Ruben Faria ainda “sonha” em terminar no top-10. Foi 10.º (a 15.30) e na geral manteve o 12.º lugar, a 2:40.27 do “motard” que comanda a prova.
Quinta-feira o Dakar entra no Peru, pela primeira vez na sua história. São 534 quilómetros cronometrados, entre Arica, ainda no Chile, e Arequipa.
Para as “motos”, é uma etapa “maratona”, não podendo receber assistência das suas equipas. Quem vencer a “batalha” de Arequipa poderá ser o vencedor do Dakar2012, limitando-se a gerir o avanço nas três etapas que ficarão por disputar.