Frederico Gil superou Nuno Marques e João Cunha e Silva, jogadores que marcaram o ténis nacional entre finais de 80 e década de 90, e tornou-se no primeiro português a chegar à terceira ronda de um “Grand Slam”.
No Open da Austrália, a cumprir a 14.ª presença num “major”, Frederico Gil conseguiu o que nenhum outro português alcançou, a terceira ronda, uma fase que, num torneio do mesmo escalão, só tinha atingido na variante de pares, na edição de 2010 do Open dos Estados Unidos.
Gil já tinha ultrapassado Nuno Marques no número de presenças em torneios do “Grand Slam” (14 contra 13) e agora enriqueceu esse currículo com a melhor prestação de sempre de um português
Das quatro vezes em que Nuno Marques chegou à segunda ronda de um torneio desta categoria, uma delas foi na Austrália, em 1991, depois de ultrapassar na eliminatória inaugural... João Cunha e Silva.
Já Cunha e Silva tem sete presenças em torneios do “Grand Slam” e em apenas duas ocasiões conseguiu passar a primeira ronda, nas edições de 1993 de Wimbledon e Open dos Estados Unidos.
“Estou bastante contente por ser o primeiro português a chegar a uma terceira ronda num ‘Grand Slam’. Mas, mais do que isso, contente por ter feito uma boa exibição, em que procurei ganhar os pontos”, enalteceu Frederico Gil, citado pela assessoria de imprensa.
Na jornada de hoje, e frente a Marcel Granollers, número 28 do Mundo (26.º favorito do quadro), Frederico Gil seguiu a tendência do histórico dos frente a frente e ganhou o sétimo dos oito confrontos, somando a segunda vitória em três embates com o espanhol no circuito principal.
No embate de hoje, Gil, que assegurou o regresso ao “top-100” (é 107.º) com este triunfo, superiorizou-se a Granollers em quatro “sets”, pelos parciais de 6-3, 4-6, 6-4 e 6-3.
“É um adversário que conheço bem, já nos defrontámos por sete vezes, gosto de o defrontar e o seu jogo encaixa bem no meu. O ambiente esteve excelente, com muitos portugueses a apoiarem-me”, referiu o português.
Escalada mais uma ronda, segue-se agora para Gil um frequentador do “top-10”, o francês Jo-Wilfried Tsonga, número seis do circuito e que ganhou os dois anteriores confrontos, nas meias-finais do torneio de Joanesburgo, em 2009, e na segunda ronda da edição de 2010 de Montpellier.