O ministro do Desporto do Brasil, Aldo Rebelo, desvalorizou hoje as divergências com a FIFA a propósito do Campeonato do Mundo de futebol de 2014, que se vai disputar naquele país sul-americano.
Em declarações ao canal brasileiro Sport TV, Rebelo afirmou que o Brasil pode receber o Mundial ''sem ter de entrar em guerra'' com a FIFA, a autoridade mundial do futebol.
Aldo Rebelo respondia assim às críticas do secretário-geral da FIFA, o francês Jérôme Valcke, que foi ao Brasil para um ''board meeting'' com o Comité Organizador Local do Mundial2014 (COL-2014).
Valcke criticou, entre outros pontos, o atraso na votação da Lei Geral do Mundial, que ainda não passou pelo Congresso.
O francês regressa à Europa com a promessa de que a lei será votada até março, justamente o mês em que vai regressar ao Brasil, para novas reuniões sobre o Mundial.
A FIFA também se mostrou preocupada com a proibição de vender cerveja nos estádios do Brasil e com o atraso da renovação de alguns recintos, nomeadamente o de Natal, no Rio Grande do Norte.
O Brasil ''tem o mercado, organização e tradição requeridos para fazer do Mundial um sucesso e não há necessidade de confrontação ou conflito com a organização'', disse ainda o ministro.
''A FIFA tem interesses legítimos e respeitamos isso'', acrescentou, concordando com Valcke na necessidade de o Congresso ter de avançar com a Lei Geral e o seu orçamento.
Sobre as bebidas alcoólicas, lembrou que desde 2003 não são vendidas nos estádios mas que para o Mundial vai haver uma exceção, com a lei a ser aprovada também até março.
A propósito do atraso em Natal, limitou-se a dizer que os trabalhos estarão completos até ao final de dezembro de 2013, a data limite fixada pela FIFA.