A polícia foi hoje obrigada a usar gás lacrimogéneo para deter milhares de adeptos locais, que forçaram a entrada no complexo desportivo de Bata, palco do jogo de abertura da Taça das Nações Africanas (CAN).
As forças policiais tentaram revistar os adeptos, um a um, nos portões da entrada principal do estádio de Bata, antes da partida entre a Guiné Equatorial e a Líbia, mas a certa altura a afluência ia provocando o esmagamento das pessoas, forçando a polícia a abrir os portões e a permitir a entrada sem a devida revista.
Pelo menos numa ocasião, a polícia foi obrigada a recorrer ao uso de gás lacrimogéneo. Ao passar no portão principal, os adeptos tinham de percorrer um trajeto para chegar às bancadas, necessitando para tal de mostrar o bilhete noutro ponto de controlo.
No entanto, perante o risco de novas situações de esmagamento, conselheiros de segurança de Israel ordenaram a abertura das portas.
“Está tudo bem, está tudo bem”, gritavam os israelitas para os polícias locais, cada vez mais nervosos perante a multidão que forçava a entrada para as bancadas.
A polícia, munida de espingardas e coletes à prova de bala, montou barreiras em redor do estádio, num perímetro de vários quilómetros, e todos os veículos que acediam à zona foram sujeitos a uma vistoria de um detetor de metais de grandes dimensões.
Já dentro do complexo, entravam em ação patrulhas policiais apoiadas por cães e veículos blindados com armas pesadas, o que teve como consequência a formação de filas intermináveis ao longo do percurso que conduzia ao estádio, levando as pessoas, cada vez mais pressionadas, a forçar a abertura dos portões.
O autocarro da seleção da Guiné Equatorial chegou meia-hora mais tarde do que o horário previsto, acompanhado por um “comboio” policial de carros e motas com as sirenes a tocar.
A seleção anfitriã venceu a partida inaugural da CAN por 1-0, mercê de um golo do ex-jogador do Benfica e atual do Beira-Mar Javier Balboa.
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