Os milhões do Paris Saint-Germain e uma ''novela'' franco-italiana protagonizada pelo argentino Carlos Tevez agitaram o mercado de inverno do futebol europeu, que encerrou hoje.
O Paris Saint-Germain, que entretanto foi buscar o técnico italiano Carlo Ancelotti, foi um dos clubes mais ativos durante o mês de janeiro e garantiu a contratação de três novos reforços. Alex (Chelsea), Maxwell (FC Barcelona) e Thiago Motta (Inter de Milão) rumaram à capital francesa, mas pelo menos ficaram outros nomes, que acabaram por não se concretizar.
Pato (AC Milan), Kaká (Real Madrid), Fernando Torres (Chelsea), David Beckham (LA Galaxy), entre outros, foram dados como alvos do Paris Saint-Germain, atual líder do campeonato francês, assim como Carlos Tevez que, após uma longa ''novela'', continua ligado ao Manchester City.
O avançado argentino, que se incompatibilizou com o treinador Roberto Mancini e com os restantes “citizens”, pagando perto de dois milhões euros em multas ao clube inglês, viu o seu nome ligado ao Paris Saint-Germain, depois ao Inter de Milão e por último ao AC Milan.
A transferência para os “rossoneri” foi quase dada como certa, mas à última hora acabou por não se concretizar. Os italianos viraram as atenções para outro argentino, Maxi Lopez, que chegou a San Siro por empréstimo do Catania.
O AC Milan recebeu ainda o empréstimo do ganês Sulley Muntari, vindo do rival Inter de Milão, equipa que também cedeu o brasileiro Coutinho ao Espanyol de Barcelona.
No último dia do mercado de transferências, os “nerrazzuri” foram buscar três novos jogadores: Angelo Palombo (Sampdoria), Juan (Internacional de Porto Alegre), além do colombiano Guarin, que chegou por empréstimo do FC Porto.
Em Inglaterra, o Queens Park Rangers, que luta pela manutenção na “Premier League”, surpreendeu os rivais ao gastar mais de 10 milhões de euros em contratações, metade dos quais no avançado francês Djibril Cissé, que estava na Lazio. Onuhoa (Manchester City), Taye Taiwo (AC Milan) e Federico Macheda (Manchester United) também assinaram pelo clube londrino.
O Chelsea, do técnico português André Villas-Boas, também esteve no mercado e foi buscar o defesa central inglês Gary Cahill ao Bolton e Kevin de Bruyne ao Genk, sendo que o médio vai continuar emprestado ao clube belga.
Em janeiro, o campeonato inglês foi alvo do regresso inesperado de alguns jogadores com história na competição. Thierry Henry (NY Redbulls) aproveitou a paragem da Liga norte-americana para jogar dois meses no “seu” Arsenal (e até marcou um golo na estreia) e Robbie Keane (LA Galaxy) “imitou” o francês e assinou pelo Aston Villa (bisou no primeiro jogo).
Num cenário improvável no futebol moderno, o médio Paul Scholes, de 37 anos, saiu da reforma para ajudar o Manchester United e até já se fala num possível regresso à seleção inglesa no Euro2012.
Dos principais campeonatos europeus, a Espanha foi o país mais “calmo” durante o período de transferências, excetuando o Sevilha, que foi “buscar” o senegalês Baba Diawara ao Marítimo e fez regressar José António Reyes, jogador criado nas suas escolas e que tinha saído há seis anos para o Arsenal, antes de passar por Atlético de Madrid e Benfica.