A FIFA vai tomar medidas para evitar a ingerência do governo egípcio na federação de futebol do país, após os incidentes em Port Said que provocaram 74 mortos, anunciou hoje o seu presidente, Joseph Blatter, em Assunção.
O governo egípcio anunciou a demissão em bloco da direção da federação de futebol e a Irmandade Muçulmana, principal força política do país, também colocou fortemente em causa a ação daquela estrutura.
“Está confirmado que o governo [egípcio] interveio diretamente para suspender a federação. É uma interferência direta na organização do futebol. Nós vamos tomar medidas a partir de segunda-feira para que seja reinstalada a federação, que tem a responsabilidade de organizar a competição no país”, declarou Blatter.
O presidente da FIFA admitiu que a situação no Egipto é muito “delicada” e garantiu que o organismo tudo fará para que este tipo de tragédias não voltem a acontecer.
Os incidentes envolveram a equipa dos técnicos portugueses Manuel José e Pedro Barny, o Al-Ahly, cujos adeptos e comitiva foram atacados por adeptos do Al-Masry de Port Said, perante a passividade da polícia.