O “velho capitão” Mário Wilson, que levou a Académica à final da Taça de Portugal de futebol na época de 1966/67, lançou hoje um “profundo éfe-erre-à” aos “estudantes”, por novo feito “alcançado com toda a justiça”.
“É um momento histórico para a Académica de Coimbra, independentemente da marcha que tem no campeonato, pois a presença na final da Taça de Portugal é sempre recordada com muito agrado”, disse Mário Wilson.
Para Mário Wilson, a Académica, apesar de hoje em dia possuir características diferentes das do seu tempo de jogador e treinador, “é de uma inspiração fantástica, muito profunda e que jamais se esquece”.
“Lanço um éfe-erre-à muito profundo a esta Académica de Coimbra, que, de uma forma relativamente brilhante, está na final da Taça de Portugal... e as finais jogam-se para ganhar”, sublinhou Mário Wilson.
A Académica de Coimbra, vencedora da primeira edição da Taça de Portugal, em 1938/39 (Benfica, 4-3), volta à final do Jamor 43 anos após a última presença (1968/69), que perdeu frente ao Benfica, por 2-1.
“Tenho pena que não seja todos os anos, mas quando acontece é de uma forma brilhante e, pelo que a Académica fez no jogo de terça-feira, que eu vi, justificou plenamente estar na final”, sustentou o “velho capitão” à Agência Lusa.
Mário Wilson, além de todo o entusiasmo em torno do facto de praticamente a sua formação como jogador e treinador passar por Coimbra, defende ainda que algo profundamente do seu agrado é “sentir que o apuramento é por mérito”.
“Vamos estar outra vez no Jamor e estaremos a celebrar com um éfe-erre-à muito profundo e oxalá a Académica de Coimbra tenha a oportunidade de vencer, o que não aconteceu comigo, quando fui à final”, recorda.
Em 1966/67, a Académica de Coimbra – então orientada por Mário Wilson (1964/68) - perdeu a final da Taça de Portugal frente ao Vitória de Setúbal, por 3-2.
“As finais que ganhei foi com o meu segundo amor, ou com o meu primeiro amor, como queiram, pois são dois amores, que foi com o Benfica, clube com o qual ganhei varias taças de Portugal”, disse.
A repetição do feito histórico de a Académica de Coimbra marcar presença na final da Taça de Portugal é algo que mexe com o “velho capitão”, que, se a sua saúde o permitir, irá marcar presença nas bancadas do Jamor.
“É algo que mexe profundamente comigo. É uma das grandes tradições da Académica, comigo teve a felicidade de terminar o campeonato no segundo lugar (1966/67), mas o feito mais relevante foi a vitória na Taça de Portugal, em 1939”, defendeu.